Feelme/Eu em mim! |
Tanto que já descobri sobre mim desde que me reencontrei nas palavras, assim que percebi o poder que exercem, a infinidade de sentimentos que passam e como o meu mundo consegue ser sacudido, melhorado e vivido, desde que parei de ter medo de me expor, de me passar em cada vocábulo, de ter um formato identificável, de ser única.
Ainda não saboreei o prazer de uma escrita prolongada, sem olhares de relance para o resto do mundo, sem ter que gerir, ao minuto, o que também é importante para os outros, mas já entendo alguns dos escritores que aprendi a admirar, porque afinal se nos tivermos mesmo, se mandarmos no nosso cantinho de vida, escrever poderá ser a melhor coisa, poderá até ser um dom, uma benesse, um olhar diferente até sobre o que não conhecemos.
Tanto que já aprendi a coordenar e não cesso de me surpreender com a forma, quase que automática e natural, que vou tendo de começar e terminar, de saber como dar corpo a histórias que permanecerão, contra todas as expectativas, pelo menos minhas, para o sempre que será bem mais longo do que o meu e o vosso.
Eu em mim sou esta "coisa" que parece nunca saber como parar, não de escrever, tendo bem mais do que certamente terei eu, mas sabe-me bem, sabe-me ao sabor que reconheço e que depois de provado, nada nem ninguém poderá igualar!
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