Não faz sentido? Faz, pois. As mulheres são aparentadas aos camaleões. Já estou a imaginar alguns homens a esbracejarem em concordância e a dizerem - "estão a ver, eu tinha razão, elas estão sempre a mudar" - na na na, o tal do "bicho" só se adapta, usando as cores para se proteger, mas continua a ser o mesmo, com todas as características que o compõem. Entenderam? Eu sei que escrevo melhor do que faço desenhos, mas se for preciso...
Mulher que é mulher sabe como e quando dar um ar diferente a si mesma, para mudar os que estão à sua volta, para restaurar os ares e para permitir que o mundo se mantenha a girar, para o lado certo. Mulher que é mulher assegura-se de que o seu olhar reflecte a mudança, mesmo que de apenas umas horas, ou de um dia.
Mulher que é mulher sabe o que fazer consigo mesma, e com a forma como se sente, no momento.
Não somos iguais, não podemos, nem devemos. Eu sei que não sou e que a cada dia mudo alguma coisa em mim, nem que volte no dia seguinte, mas preciso de saber que tenho mais do que vejo e sinto. Não somos iguais, mesmo tendo coisas em comum, porque eu percebo, de cada vez que estou com outras mulheres, que todas acabam a "padecer" do mesmo, mas nem sempre encontram forma de o fazer, porque se seguram mais, porque sentem medo de mudar demasiado, arriscando não voltar a encontrar a rua por onde sempre passam.
Isto de ser mulher tem dias que nem os dias bastam para explicar, por isso a solução passa, muitas vezes, por ir mudando de vez em quando, reparando algumas mazelas e cuidando de que não alastrem ao nível de alerta vermelho. Não existem fórmulas mágicas, apenas tentativas!
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