Qual a cor da tua aura? Será que mudarias alguma coisa se soubesses? Será que irias querer ser diferente se soubesses como podes ser vista perante os outros?
A cor que a nossa própria cor espelha, tem a ver com tanto, que descrevê-lo obrigaria a um tratado. Teremos as cores visíveis e as que ninguém consegue perceber, porque se misturam e acabam a baralhar quem só olha de forma afunilada e pequena. A cor de dentro, a que importa mesmo, por vezes assusta os mais frágeis e leva-os a correr desalmadamente com receio de serem contagiados. A minha certamente que terá mais do que uma cor, porque faço por ter luz própria, iluminando-me, sobretudo quando os caminhos são escuros, alguns negros como o breu. A minha aura, a que já consegues ver, mostra-te o que receberás, se ao menos fores capaz de aceitar que só importo se for assim. Não me queiras por menos. Não aceites os meus meios tempos, porque se me disseres o que te faz falta, saberei como o conseguir.
Falaste-me da minha positividade, da capacidade que ainda tenho de ver o lado B da vida e expliquei-te que metade de tudo isso vem de ti, porque me fazes sorrir até de forma involuntária, de cada vez que pisas e repisas no quanto me amas e desejas na tua vida. Hoje e sempre que acordo, sei que o lugar que te foi destinado era o que eu precisava, porque me ajudaste a limpar da escuridão que ameaçava instalar-se.
Quem acreditar que terá forma de mudar as cores que me representam, estará apenas a apagar-se em mim para sempre. Recuso-me a ter que me mudar quando sei que as minhas certezas superam as dúvidas de quem nunca conseguiu muito mais do que tinha quando ainda nem sabia quem era. Recuso-me, tal como o fiz já, a esperar por quem ainda não percebeu como lhe caí no colo. Até que o entendo, porque da minha forma e com a minha intensidade, há que ter mãos, coração e muitas mais palavras do que aquelas que já uso. Se é possível? Claro que sim, até porque já encontrei quem o faz!
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