Nada acontece por acaso. Nada nos chega como a chuva que não foi anunciada, tudo tem um propósito, é o que começo a perceber de algum tempo para cá!
Por força de circunstâncias profissionais, estou a aprender a dar-me mais, sendo e tendo pessoas novas na minha vida, a mesma que recatei o máximo que pude, pelo tempo que me permiti. Na realidade faz-me falta ser mais aberta aos outros. Faz-me falta encontrar quem comungue do mesmo. Faz-me falta ser e ter bem mais do que eu mesma, porque sinto que o meu isolamento foi imposto.
Quero poder usar mais do que as palavras. Quero perceber o que faço aqui, forçando-me a uma tolerância que vem crescendo, aprendendo que todos têm limitações e que as devo aceitar, porque raramente encontro quem tenha a minha aceleração e intempestividade. Eu quero tudo, faço tudo, procuro tudo, mas acabo a cansar até a minha beleza.
As pessoas que me acrescentam têm chegado umas atrás das outras, com faces novas, com cores novas, com olhares que nem eu mesma tenho e com pequenos gestos que estão a mudar tudo. Estou grata a cada uma e estou mais disponível para ser eu mesma junto dos outros, porque não sou apenas feita de palavras, existe uma mulher bem diferente do que se vê e lê. As pessoas que me acrescentam, sobretudo amor, chegam porque estou a saber ceder, a largar amarras, a baixar as defesas. As pessoas que me acrescentam, vão ficar comigo e em mim, porque nada faria sentido se assim não fosse. Quero MAIS, bem MAIS do que tenho já e preciso de todos e de cada um para que a jornada seja mais suave e valha cada segundo.
Está a saber-me TÃO BEM ser cuidada por ti e pela tua forma igualmente impetuosa de me forçar a aceitar que podes dar-me o que afinal até preciso.
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