Somos seres muito engenhosos e por norma escolhemos sempre o que nos convém, adaptando a realidade à nossa realidade!
Vale mais dizer, acusar, gritar, mesmo que em silêncios constrangedores, do que aceitar os erros e perceber que nem sempre estivemos bem. Ver de vários ângulos pode ser TÃO conveniente como são as atitudes às quais nos colamos, por não sabermos mais e por nos recusarmos a olhar para o que precisam os outros. Ver de vários ângulos permite-nos perceber que o mundo não gira à nossa volta e que os nossos tempos devem ser ajustados ao dos outros, sob o risco de nos riscarem de vez. Ver de vários ângulos faz de nós seres que os outros vão querer ter por perto, porque quando cedemos, quando aceitamos, quando permitimos que nos mostrem o que não conseguimos ver, estamos a dar-nos na proporção certa.
Alguns dos que andam por aqui vão continuar a fugir da vida, dos olhares mais intensos, das pessoas de alma cheia e dos sentimentos que os forçam a passos que não conhecem. Provavelmente jamais conseguirão ouvir outras palavras que não as suas e para cada som amistoso que lhes chegar, outros mais aterradores irão sobrepor-se e agigantar-se, como se lhes estivessem a desferir golpes profundos. Alguns serão apenas casos perdidos, almas que a própria alma se recusa a aceitar e terão que voltar, uma e outra vez, até que aprendam a aceitar o óbvio.
Estás entre os que nunca saberão para que lado olhar e em quem acreditar. Irás deixar-te ir, até que o teu corpo não te possa carregar mais. Foste quem perdeu a única pessoa que acreditava, mesmo, na tua reabilitação. TU desististe e fizeste com que desistisse de ti, quando decidiste que apenas tu poderias decidir.
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