Eu tento, viro-me e reviro-me a cada dia, para te ter e incluir, mas não tem resultado. Estou a ser bem mais pequena do que o que nos deixa, assim, um sem o outro, e o meu limite está a aproximar-se, a passos largos.
Eu tento, todos os dias, meu amor, ser forte para que o sejas também tu, mas já não estou a conseguir, metade de mim não sabe o que fazer mais, e a outra metade nem se reconhece, deixando, por aí, soltas, sem qualquer nexo, as palavras de todas as canções que ouvia, uma e outra vez, para me recordar de ti.
Não estou a conseguir, está a doer, tanto, que me magoou só por respirar.
Não estou a saber enfrentar o que até sabia ser possível.
Não estou, a ser eu, fraquejei, lá atrás, e não consigo reencontrar-me.
Não estou a conseguir estar sem ti, e precisar, TANTO, que se não te apressas, vais ter muito pouco para levar.
Tanto que me sobra. Tanto que me falta fazer, cada dia mais. Tanto que cuido de te incluir, mudando o que te trará, até nós, mas tanto que preciso de ti, que tenho medo que sobre muito pouco, que apenas vá restar o NADA de mim, porque afinal quando quebro, e quebrei mesmo desta vez, fico sem saber como me voltar a reerguer.
Juro meu querido, juro que tenho tentado, que vou respirando, e movendo todos os músculos para que não deixem de funcionar. Juro que até sei viver sem ti, mas não quero, não posso, porque apenas contigo faz sentido e vale a pena. Juro, que sobreviverei, a ti, e que voltarei a mim, se tiver que ser, se tiver que parar de me resistir, mas para já e agora, estou a tentar, todos os dias, manter-me onde e como faço falta aos outros, deixando-me a mim vazia, talvez para que entres tu.
Eu tento, todos os dias, não me restam muito mais!
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