Quando me sinto testada e cada vez que a minha pele se arrepia perante a minha incapacidade de reagir ao que me chega, mudo, mudo-me, ajusto as rotas e sigo em frente!
Isto de ser eu e ser a que consegue, a que tem força, a que procura para encontrar, drena cada célula de um corpo que já foi mais e já reagiu melhor. Isto de ter que encontrar soluções, de não me esgotar no que TANTO me esgota, sobretudo nestes últimos meses, porque o decidi assim, porque estou a colher, uma a uma, todas as sementes que plantei, assusta-me e quase que me deixa com vontade de desistir, de me encolher a um canto e parar de respirar.
Não posso, não devo, nem sequer consigo, sofrer mais com a tua ausência, do que já sofres com a minha. Não estou a sentir pena de mim, estou apenas a permitir que a dor que me consome, me recorde do quanto consigo amar-te e de que forma fiquei, de repente e como que por magia, pronta para quem estava pronto para mim e do que ainda me falta ser e fazer para que o que nos faz bem nunca nos doa.
Quando me sinto testada por norma reajo, mas desta vez a tua ausência deixou-me tão ausente, que apenas uma mão, a que sempre se estende para mim quando já não sei o que fazer, conseguiu trazer-me de volta, de lá do lugar para onde vão as almas que padecem do que poucos parecem entender.
Se dúvidas tivesse e nunca as tive, saberia nestes dias de luta desigual, que tu és a metade de mim. Tu és por quem esperei, até quando não sabia que te esperava. Tu vieste e ficaste, no teu lugar, aquele que já te estava destinado e do qual nunca mais poderás voltar a sair. Tu vieste amor da minha vida, para me ensinares como se ama incondicionalmente e de que forma se juntam dois corações para caberem muitos mais. Tu chegaste quando precisava de ti e eu aceitei-te quando te fazia, mesmo, falta.
Quando sou testada, sinto de forma ainda mais forte, que fazes sentido!
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