- Será que és demais para mim?
- Não, não mesmo. Eu caibo inteira nas tuas mãos e na tua boca que não me canso de beijar.
Os medos afastam-nos do que é nosso. Os medos arrepiam-nos a pele e não apenas de prazer e amor. Os medos levam-nos à palavras que nem queremos pronunciar. Os medos arrefecem-nos o corpo e ofuscam-nos o olhar.
Não quero sentir medo de te perder. Não preciso do que nos leva, para longe, um do outro, preciso, de tudo o que nos aproxima, porque eu sei que fui feita para ti, e por isso me mantive aqui à espera. Não quero que duvides do muito que ainda te poderei dar e deste amor que por vezes nem sei onde guardar. Não quero magoar esse coração magoado, quero curá-lo com o que sou e tenho, há tanto tempo, para ti.
Fui feita para ti. Sei-o, de cada vez que o que dizemos é igual, de cada vez que o sentimos, se assemelha à nossa mistura, se nos pudéssemos misturar e passar a ser apenas um. Fui feita para ti, e não quero saber de não estar no teu tempo, e lugar. Fui feita para ser amada por ti, como apenas tu pareces conseguir, e com essa força que te reconheço.
O tempo, o tal que parece ser o nosso maior inimigo, está, afinal, a jogar a nosso favor, porque já sabemos TANTO um do outro, que para a frente, para o futuro, estaremos nós, tão juntos quanto nos imaginamos agora. O tempo foi o certo, chegou quando nos deixámos prontos, quando parámos de olhar para o que deixámos, lá atrás. O tempo é o que fizermos dele e nós temos feito tanto. Temos usufruído tanto...
Fui feita para ti e estou pronta de enfrentar tudo o que vier. Fui feita para ti e é bom que o saibas já!
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