- Deixa-me ir.
E eu deixei, mesmo que a vontade fosse a de te gritar que ficasses, não o fiz porque não sei pedinchar amor. Dou sem reservas quando decido que quero alguém o bastante. Entrego-me toda para que fiquemos ambos tão próximos e unidos que nada nem ninguém nos afaste. Mas esta sou eu e talvez não existam outros que consigam acreditar no mesmo.
Deixei-te ir quando percebi que ficares seria demasiado doloroso. Deixei-te ir para que pudesses e tivesses direito às tuas escolhas e a realidade é que elas não passam por mim. Deixei-te ir e metade de mim desejou ir contigo, porque a mesma metade deixou de existir.
Os dias vão passar a correr mais devagar, mais penosos e a passarem-me a sensação de que me falta o que antes me sobrava. Mas serão os dias que mereço e que terei que transformar, mudando os sons, os ritmos e os sonhos.
- Deixa-me ir.
E eu deixei!
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