A minha mente salta, corre, como uma louca, à procura das respostas que o meu coração desassossegado não lhe consegue dar!
Já não sou a mesma, não hoje, não depois de mais um nascer de sol. Já não conheço nem reconheço esta mulher, a mulher que passava e ultrapassava cada obstáculo, e que acabava sempre do lado certo das suas escolhas. Já não tenho os mesmos vinte anos que me deixavam sempre a sorrir, esperançada pela esperança que representava mais um dia. Já não sinto a simplicidade com que tudo chegava, até o que não entendia. Já não entendo o meu coração, e tantas vezes que falamos, eu e ele...
De repente, de bem dentro de mim, chegam as dúvidas, a culpa e o ressentimento e eu tento, com todas as minhas forças, acreditar que sou mais e melhor. Eu sou a que ama, perdoa e agradece pelo que me chega, mesmo que me doa e me deixe com uma vontade, desesperada, de desistir.
O meu coração está desassossegado, "hoje", mas eu acabarei a saber o que lhe dizer quando voltarmos a conversar. O meu coração desassossegado precisa de tudo o que lhe prometi, quando te sonhei e te trouxe até a nós. O meu coração desassossegado terá que me saber perdoar as impossibilidades, porque na verdade não sei amar por dois, mesmo que ame a dobrar.
Hoje estou assim, mas amanhã e em todos os amanhãs de que serei feita, vou tentar que a confusão que me abraça, irreverente, se desvaneça e eu possa, finalmente, sossegar!
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