A verdade é mesmo essa, até que não me importo de cair, porque isso significa que tentei, que saí do meu espaço de conforto e fui "à luta", agora o que não posso é ficar demasiado tempo no chão!
Já todos sabemos do poder terapêutico do sonho. Já todos experimentámos, alguma vez na vida, a sensação de estar com a pessoa certa e de poder fazer os planos que íamos adiando. Já, de alguma forma, esperámos ter que parar de esperar, chama-se a isso viver. Será assim tão difícil existirmos como nós mesmos, falando do que nos move e movendo-nos na direcção do outro sem medos? Deveremos manter os medos que nos implantaram desde que nos conhecemos por gente, ou apenas ir arrojando até que se provem todos certos ou errados?
Não me importo de cair - Dizemos várias vezes a quem nos ouve, mesmo e de cada vez que o receio de apenas ver o chão nos assola como se de uma doença incurável se tratasse. Não me importo de cair. Queremos que saibam que temos o direito de o fazer, de nos sentirmos indefesos e frágeis, mas que alguém, de alguma forma, nos impeça de ficar, imóveis, inertes e apagados. Não me importo de cair - Digo quando já nada há a fazer, mas não gosto da sensação, até porque dispensava ter que me levantar à força, dorida e magoada comigo por ter continuado a arriscar. Não me importo de cair - Digo corajosa, mas não queria que acontecesse, não a mim e sobretudo não outra vez.
Sem comentários:
Enviar um comentário