Sentimos, mal nos vimos, que poderíamos ser um nós diferente, talvez mais arrojado e meio-louco. Sentimos a capacidade de querer para além do que querem os outros, debitando as palavras que apenas para nós fazem sentido. Sentimos, no instante em que nos beijámos, eu a medo e tu à descoberta, que o sabor era natural e que carregava uma memória que não identificámos. Sentimos, em todos os momentos de silêncio, que pouco seria preciso dizer, para que tudo fosse realmente dito.
Deveria ser a mim, mas se não consegues, perdoo-te, deixo-te ir e prometo que voltarei a ser amada como sempre esperei. Se não fores tu, estou preparada para o aceitar, porque já não parece doer, porque já sinto os meus pés firmes e capazes de me elevarem outra vez. Se não é a mim, devolvo-te o tempo que precisas para a teres de volta. Luta, corre, pede, implora, mas não desistas, porque por um amor assim, sei que o faria!
Sem comentários:
Enviar um comentário