Comparo sempre, mesmo quando acho que não o estou a fazer. Continua a ser inevitável, os beijos, a voz, o olhar, tudo serve para "testar" quem não se deveria assemelhar a ti. Mas eu, deste lado, continuo a desejar que sim. Quero quem te tenha nos poros. Quem me toque da mesma forma, para que eu consiga abandonar o meu corpo e apenas usufruir. Quero quem seja capaz de falar e de me prender a atenção, de me deixar a absorver cada palavra.
Não deveria, eu sei, mas ainda não te arranquei de mim!
- Já te ordenaste a ti mesma? Já te sentaste a racionalizar como eu sei que fazes tão bem, para pores um ponto final numa relação que só aconteceu dentro da tua cabeça?
- Não!
- Mas é claro que não. Conheço-te, sei que o que te impões acontece, por isso minha querida amiga, salta desse lado, foge e sossega o teu coração para que um outro possa entrar. Eu preciso de te ver feliz.
Comparo sempre, porque o que me levou até a ti e me deixou ficar, era bom, era o que queria. Comparo sempre, porque me moldei à forma como o meu corpo se sabia encostar ao teu, sendo olhada tão dentro, como dentro ficavas sempre que te pedia. Comparo sempre, porque escolhi cada característica tua, mesmo que de forma indelével e incompreensível. Comparo sempre, porque me sabias a regresso a casa.
Sei que vou ter que pôr um ponto final nisto e aceitar que ninguém poderá ser como tu, nunca mais, nem próximo sequer. Sei, mas porque sou muito toque e palavras, vou continuar à espera que chegue quem te arranque e me poupe a mágoa de ter que te deixar ir!
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