As desculpas não virão, as explicações deixar-te-ão pendurada, em suspenso, como suspensa está agora a tua vida!
Não esperes pelo que os outros não conseguem dar, não lhes entregues as tuas obrigações, o direito que te cabe a ti de estares primeiro e de apenas ser quando já o fores, para ti.
Ninguém é igual a nós, mesmo que se encaixe e aprenda a viver a nossa vida, ao nosso lado, por isso teremos que ceder alguns momentos nossos para as entender, para que se possam abrir, mudando o que sabem estar errado. Não tomes para ti a responsabilidade de "ensinar" o que se recusam a aprender. Não te magoes, nem carregues dores que não são tuas, mantém-te inteira para receberes as partes que importam.
As desculpas deverão ser breves e não se poderão repetir, voltando aos mesmos lugares de cada vez que os medos assolarem quem escolheu ter medo do amor que ofereces. Podes sempre tentar, podes sempre aconselhar e olhar por dois, mas não por muito tempo, não quando te consuma tanto que acabes a misturar os pedaços quebrados.
Já sabemos todos que as desculpas se evitam, mas seremos sempre TÃO humanos, que a um determinado ponto estaremos nesse lugar, a pedir para que nos saibam perdoar a incapacidade de sermos grandes quando o outro mais precisar. Vamos ter que pedir desculpas, a nós mesmos, quando pararmos de nos olhar. Mas já não terás como aceitar desculpas quando elas forem o que sobrar, quando depois delas vier apenas mais do mesmo. Quando receberes tão pouco que arrisques acreditar que te bastará.
As desculpas até poderão chegar, mas com elas o recomeço, porque quando não formos capazes, teremos que saber quando parar!
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