Mesmo que os males cheguem de onde menos gostaríamos, porque esperá-los até que já esperávamos, será sempre possível reconstruirmos cada pedaço danificado e continuar. A forma como sofremos, ou encaramos o sofrimento é que nos distingue. Uns acreditam que a dor jamais voltará a sair, e permitem que passe a ter morada permanente, e outros, outros lutam como sabem e podem até que se voltem a sentir limpos, restaurados e prontos.
É possível reconstruirmo-nos se olharmos para o que existia antes, para quem éramos quando contávamos primeiro e quando tínhamos um egoísmo saudável que nos fazia ser os mais importantes. É possível reconstruirmo-nos se percebermos que ninguém, mas mesmo ninguém, poderá levar-nos o sorriso, escurecendo-nos a alma e deixando-nos a deambular pelo mundo como fantasmas. Não sei quem disse que sofrer faz parte do crescimento, porque ser feliz, amando e sendo amado é tão mais fácil e produtivo. No entanto, se é "aqui" que vivemos e se é desta forma que devemos aprender, então que seja, mas não para sempre, porque os erros só são válidos se não cometermos os mesmos, uma e outra vez. Que venham novos erros, novas pessoas e situações. Mais do mesmo, ninguém merece!
Se deveria ter aprendido alguma coisa e vou considerar que sim, então aprendi que não preciso de quem não precisa de mim, que não faz qualquer sentido querer algo mais de alguém que ainda nem conseguiu meter a segunda velocidade. Aprendi a não acreditar em quem apenas usa palavras e nunca actos, esperando pelo que até percebi não terem. Aprendi que quem não estiver livre emocionalmente jamais se comprometerá.
Mesmo, e de cada vez que vos pareça difícil, reconstruirmo-nos é possível, sim. Desejem-no afincadamente, aprendam a reestruturar-se e nunca parem de caminhar. "Os ventos nunca poderão ser de feição se não soubermos para onde ir".
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