O que não é meu não me pertence, é claro como água!
Julgo que isto facilita e muito a aceitação, o entender que não é porque não tinha forma e deixa-me continuar sem mágoas, apenas com a saudade do que não cheguei a ter. Perguntaram-me se te sentia a falta, se pensava, ou desejava falar contigo, e a resposta foi a única possível, sinto claro, a falta, mas não quero falar contigo, porque já não tens nada para me dizer. O jogo terminou, a espera que se prolongaria, até que te apetecesse, não me serviu na altura e não voltaria a servir agora, daí não querer falar, porque nada do que dissesses seria para mudar o que já tens.
É sempre mais fácil deixarmos ir o que não é nosso. Por vezes apenas imaginamos que somos ou temos alguém, mas quando a realidade nos "ataca", percebemos que estamos do lado errado e a retirada passa a ser a única alternativa. Depois é seguir em frente, nada mais há a fazer.
Faço um esforço, diário, para não me culpar, para aceitar que apenas tentei ter quem não me queria da mesma maneira. É importante que o consiga, porque de contrário vou guardar mágoas e criar modelos para os que se quiserem aproximar, e já escrevi, vezes sem conta, que não somos todos iguais, e que os maus exemplos devem ser apenas isso e não nos devem ofuscar a visão.
O pior de qualquer relação será fantasiarmos o outro. O pior de um amor que se quebra, do nosso lado, é o amor que nunca existiu, do outro, mas temos que viver, sentir e consumir para perceber. O pior que fazemos a nós mesmos, é acreditarmos que bastamos e que conseguimos querer por dois. Mas pior do que tudo isso, é viver sem saber o que vale a pena, e hoje tal como ontem, continuo a achar que amar vale SEMPRE a pena.
O que não é meu não fica, mas o que é vem a caminho, disso não duvido!
Sem comentários:
Enviar um comentário