3.11.16

O que não é meu!

Carys pulls herself up out of the water, coughing and sputtering. She uses her sore, tired arms to drag herself up the shore. Little grains of sand stick to her wet body, and the warmth of the sun rolls over her skin pulling up gooseflesh on her arms. Shivers take over her body and she gasps for breath. She's now perched on her hands and knees along the water, her feet still dragging in the cool ripples.:




O que não é meu não me pertence, é claro como água!


Julgo que isto facilita e muito a aceitação, o entender que não é porque não tinha forma e deixa-me continuar sem mágoas, apenas com a saudade do que não cheguei a ter. Perguntaram-me se te sentia a falta, se pensava, ou desejava falar contigo, e a resposta foi a única possível, sinto claro, a falta, mas não quero falar contigo, porque já não tens nada para me dizer. O jogo terminou, a espera que se prolongaria, até que te apetecesse, não me serviu na altura e não voltaria a servir agora, daí não querer falar, porque nada do que dissesses seria para mudar o que já tens.

É sempre mais fácil deixarmos ir o que não é nosso. Por vezes apenas imaginamos que somos ou temos alguém, mas quando a realidade nos "ataca", percebemos que estamos do lado errado e a retirada passa a ser a única alternativa. Depois é seguir em frente, nada mais há a fazer.

Faço um esforço, diário, para não me culpar, para aceitar que apenas tentei ter quem não me queria da mesma maneira. É importante que o consiga, porque de contrário vou guardar mágoas e criar modelos para os que se quiserem aproximar, e já escrevi, vezes sem conta, que não somos todos iguais, e que os maus exemplos devem ser apenas isso e não nos devem ofuscar a visão.

O pior de qualquer relação será fantasiarmos o outro. O pior de um amor que se quebra, do nosso lado, é o amor que nunca existiu, do outro, mas temos que viver, sentir e consumir para perceber. O pior que fazemos a nós mesmos, é acreditarmos que bastamos e que conseguimos querer por dois. Mas pior do que tudo isso, é viver sem saber o que vale a pena, e hoje tal como ontem, continuo a achar que amar vale SEMPRE a pena.

O que não é meu não fica, mas o que é vem a caminho, disso não duvido!

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