Adeus, palavra difícil de se dizer e de se ouvir, mas prefiro-a mil vezes à condescendência e à pena!
Magoem-me com palavras, porque a elas eu sobrevivo, caio e volto a levantar-me. Mas não me passem as mãos pela cabeça e não me insultem com a pena. As pessoas crescidas e emocionalmente resolvidas conseguem aceitar a maior e a pior das decisões, mesmo que não façam aparentemente sentido. Quando recusamos aceitar o adeus e o até nunca, não é por masoquismo, mas por necessidade de lutar até ao fim por quem consideramos ser a nossa pessoa certa. No entanto, e atenção a esta prerrogativa, quem vemos poderá não nos ter visto. Quem julgou amar-nos pode ter decidido que não o sabia fazer, que éramos uma enorme carga de trabalhos. Quem sentimos pode não nos ter conseguido sentir e é aí que chega o adeus, como uma fuga necessária e um alívio para uma ou ambas as partes.
Quem tem a mania que entende as palavras, acha que sabe explicar e entender tudo, mas elas nem sempre fluem naturais do outro lado, por vezes conseguem ser enganadoras e ninguém é imune, nem mesmo os alegadamente espertos. A acontecer, o melhor será sempre desistir, seguindo em frente e parando apenas durante o tempo estrictamente necessário para retemperar energias.
Reforço sempre que mesmo que o coração acabe a partir-se um pouco mais, prefiram que me digam adeus sempre que for a altura certa, nem um segundo mais e eu garanto que serei crescida para aguentar!
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