Nós gostamos de nos deixar gostar. A sensação de que exista um outro ser, que até poderá mexer connosco, no nosso Universo, a debitar emoções e desejos, sabe-nos bem e faz-nos bem!
Estarmos sempre em algum lugar, na emoção de alguém, sabendo que fazemos o tempo correr para ela, entra-se-nos como uma droga que queremos continuar a injectar. Quando não corremos da mesma forma, e à mesma velocidade, é que chegam os problemas, sobretudo se não planeamos o que planeia ela.
Nestas coisas do amor não existem caminhos fáceis, mas o mais coerente e o que nos manterá inteiros, fiéis a nós mesmos, será não criar ilusões a quem espera o que nunca poderemos dar. Esse é um exercício de personalidade, ou se tem, ou simplesmente nunca se adquire.
Já tive quem me quisesse, quem me amasse muito e não receasse dizê-lo. A esses cuidei sempre de que entendessem que não amava eu da mesma forma, que os respeitava, mas que o meu percurso não passava por ali. Quem me está a ler sabe que é verdade, que não minto, que não magoo, e que nunca uso. Aviso sempre e certifico-me de que seguem com as suas vidas, ficando até feliz quando se restabelecem e conhecem as suas metades.
Ser gostada é bom, mas se não for pela pessoa certa, será como ter no roupeiro peças de número errado, apenas as poderemos admirar, pelas cores e pelo corte, mas jamais nos servirão e dessa forma não fará qualquer sentido mantê-las, sobretudo quando poderão encaixar tão bem numa outra pessoa...
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