4.1.17

Erros em nome do amor!

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Sabem quanto tempo levei a conseguir perdoar-me, mesmo? MUITO. Até acho que ainda hoje vou apanhando algumas das peças que se partiram, de cada vez que olho para o que deixei de fazer, para tudo o que permiti e pelo desconforto que me provocou todo o conforto que procurei!

Qualquer luto tem que passar pela aceitação e no caso das separações, pelo reconhecimento do que já não podemos mudar, parando de insistir no que nos magoou. No meu caso em particular, continuo sem entender, na totalidade, onde enfiei a mulher que afinal sou, que sempre soube o que fazer e onde queria estar. Porque me terei apagado e porque tinha tanto medo de estar sozinha? Lá bem no fundo eu sabia que conseguiria sobreviver, que teria como fazer acontecer e que a minha determinação seria o bastante para me motivar, mas estive anos sem me mover, parando-me de cada vez que tinha laivos de sensatez e isso, acreditem, ainda me dói imenso.

Todos, de uma forma ou de outra, cometemos erros em nome do amor. Todos cedemos para que o outro seja feliz, ou pelo menos achamos que sim, que o será. Mas todos acabamos a apagar a única luz que nos poderá guiar. Será que existia algum propósito, ou será que a minha inconsistência estava apenas a moldar-me? Não sei responder e ainda tenho, confesso, algum receio da resposta. Estar nem que seja um dia apagada, é e será sempre demasiado tempo. Tempo que já não deverei ter no futuro, não com a mesma energia, não com o sabor dos inícios, não comigo inteira e sem as mazelas que a incapacidade dos outros me provocou.

Eu sou a que digo, com enorme frequência, que apenas nos fazem o que permitimos, mas sabê-lo tem ajudado muito pouco. Sabê-lo apenas me consegue inflamar as feridas, no entanto, e porque pareço ter aprendido alguma coisa, agora só me resta ser sempre a mais importante, porque já percebi que sempre que o sou, o Universo parece ficar em equilíbrio e aqueles de quem cuido tornam-se os maiores beneficiados.

"Estás perdoada miúda, agora segue lá com a tua vida e vê se paras com as lamúrias"!

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