Feelme/Masoquismo = a doença 2!Tema:Sentimentos! Sue Amado |
Masoquismo = a doença que já nem sequer é rara, porque cada vez mais e mais pessoas parecem gostar de sofrer, de sentir uma nostalgia que os leve a ver novelas mexicanas e a chorarem no ombro dos amigos e das amigas, com frases a acompanhar, do género "ela não podia ser minha", " vai ficar para sempre em mim", "tínhamos tudo para dar certo, mas"...
PLEAAAASE!
Onde foi que eu errei meu DEUS? Agora, para além de esbarrar em gente lamechas, também eu me tornei numa. Que raio de castigo é este? Mas afinal o que é que nos move e porque razão gostamos de nos "lambuzar" em comiserações, em sentimentos da treta e em amores impossíveis?
Eu era das que tinha pouca paciência para quem preferia a mágoazinha para se alimentar, do que a vontade de viver, de tocar, de beijar e de amar alguém, MESMO. Dizem que pela boca morre o peixe e mesmo sendo boa nadadora, arrisco-me a ficar sem ar antes mesmo de mergulhar.
Se nos querem, querem, se não, deveríamos saber desamparar a loja e ir morrer longe. Agora também já participo nos argumentos dos filmes de faca e alguidar. Agora também já espero pelo impossível e recuso-me a ouvir a voz da razão. Agora como do que tanto dei a comer, mas talvez assim aprenda alguma coisa mais, para além do que já julgava saber.
O que me vale é que sou uma bem disposta crónica e por isso já me ri tanto, mas tanto, que até fiquei com uma dor igual à que sempre me ataca quando exagero na corrida. Passei a engrossar a já extensa lista dos mal-amados e isso, confesso, não me deixa com nenhuma vontade de rir. Mas pronto, largo um sorriso para não ensombrar demasiado a coisa.
Este post foi escrito no seguimento de um outro com o mesmo título, mas que seria, obviamente, o 1. Por vezes damos connosco a morder a língua e a perceber, à força, do que padecem os outros. Por vezes, temos apenas que calçar os mesmos sapatos para entender os passos. Por vezes temos que parar de julgar, para que não nos julguemos quando estivermos lá, no mesmo local onde ficam muitos, tantos quantos insistem em esperar pelo que nunca será seu. Grandes lições a vida nos dá!
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