Camaleónica, é como me sinto por vezes. Mudo de cor de cada vez que o "poiso" se altera sempre que sou forçada a caminhar ao contrário, a reestruturar-me, a inventar novas formas de chegar onde me proponho. Sinto que a minha adaptabilidade se tem vindo a estender e que, de uma forma ou de outra, chego sempre a bom porto.
- Qual é o teu segredo? - Perguntam-me vezes sem conta. - Não o sei bem, mas a existir algum, será talvez a perseverança, misturada com a minha "incapacidade" em aceitar que me venceram e que me atrevi a pensar desistir. Não posso, não tenho como, nem sequer é uma opção. Não de mim e do que me cabe fazer.
Ser mãe certamente que me adicionou poderes mágicos, retemperando os meus medos, porque se estiver assustada, a minha prole ficará enfraquecida. Por norma esta forma de encarar a vida é natural, mas também tenho dias em que me olho ao espelho e duvido até de mim, felizmente que rareiam, mas nem eu me livro de ser humana.
Adaptarmo-nos, reinventarmos estes tempos tão cinzentos, conseguirmos criar um lugar seguro, sagrado, onde todos nos possamos cuidar, amar e reabastecer de energias, é o que espero continuar a fazer. Se tiver que para isso de mudar de pele, de voz, de foco e de olhar, que seja, afinal de contas já vou para lá de veterana e não tarda compilo um manual de auto-ajuda. Prometo que depois partilho.
Será que apenas as cobras mudam de pele?
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