Feelme/Vou-te deixar, hoje, agora...Tema:Sentimentos! Imagem retirada da internet |
A frieza com que a suposta mulher da minha vida anunciou que desistira de mim, ainda me gela por dentro.
- Quem és tu afinal e onde andei eu para não te conseguir ver?
Não julguem que se dignou responder. Segundo ela já dissera demasiado e anunciara, vezes demais, o que agora se tornara inevitável. Parece que as mulheres usam códigos associados aos milhões de palavras que vomitam. Não estou azedo ou a querer que o mundo pague pela minha dor, mas caramba, até um homem distraído merece um aviso prévio consistente.
- Vou-te deixar, hoje, agora. Não aguento mais esta palhaçada.
Epá desculpem-me lá espanto, mas nunca me lembro de ter vivido esta relação no circo. Palhaçada? Ora então foi o que tivemos e eu a julgar que era um casamento, daqueles que levam tempo a cimentar e nos quais construímos coisas válidas, depois de termos passado por todo o stress feminino por causa do vestido, do bouquet, da festa, isso sim uma palhaçada, mas que a maioria de nós, os homens, aguenta de forma estóica. Falhei, está-se a ver que sim. Mas não terá ela falhado também?
Vou-te deixar, hoje, agora. Quando nos largam uma bomba assim, há pouco mais que se possa fazer para além da corrida inevitável, protegendo a cabeça dos eventuais estilhaços. Parece que um gajo não manda nada, não quando é para terminar, porque para as pedir em casamento, fazendo o pino ou saltando de uma avioneta, mesmo sofrendo de vertigens, é o mínimo para que possam fazer inveja à amiga cujo noivo mergulhou para lhe trazer uma pérola virgem. Agora sim já estou totalmente azedo, e com as palavras dela, as que ainda não disse, a martelarem-me a cabeça oca, a que tem a caixa do nada para onde eu todo entraria agora se pudesse e se soubesse onde raio se esconde a puta da caixa.
- Nunca fica pronta a horas quando tenho pressa para ir a algum lugar, mas agora e do nada, já tem tudo à porta e até os óculos na cara, aqueles que me massacrava para encontrar.
Pronto, vai-me deixar hoje e agora, portanto é bom que o aceite e vá até ali sentir pena de mim!
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