Tudo o que tem nome, ajuda a que se prossiga, ou se pare para sempre!
A Ana e o Pedro nunca estiveram de igual forma na alegada relação. Primeiro começou ele pelo entusiasmo, pelo deslumbramento e curiosidade sobre o ser "estranho" e novo que lhe surgira, com os homens é quase sempre assim. Depois aprendeu a gostar, sentindo-a e saboreando-a, e talvez até tenha conseguido antecipar como seria amá-la, tal como a ouvira dizer, tantas vezes. Os Amo-te soam bem e sabem ainda melhor, por isso saltaram uns quantos da sua boca, mas, e chegou a vez dos mas, quando perdeu a graça, quando a conquista já estava feita, o cérebro voltou a ser um prato de satélite e tudo o que mexia o motivava e fazia virar.
Contra factos nunca haverá nada a argumentar, porque ninguém poderá, jamais, cobrar o que o outro não sabe dar. E o que o outro já sabe por esta altura, é que se alguma vez amar realmente alguém, essa já não será ela, a Ana, que até se poderia chamar outra coisa qualquer, porque se não o conseguiu após tanta energia despendida...
A Ana já tinha entendido, há algum tempo, que tinha sido apenas um jogo, que a sua aparente vontade dela se sumiria rapidamente, mas o que continuou sem entender foi como é que se deixou ludibriar. "Sou feita de tudo o que também te compõe, e por isso sinto dor, raiva, e tristeza, mas sou uma resistente e acabei a aceitar-te como realmente te vira até me enganar a mim mesma".
Agora gasta parte do seu tempo a superar a desilusão, canalizando-a para situações produtivas e impedindo-se de deixar de sorrir e de acreditar. Agora acorda sempre mais motivada a tirá-lo de dentro, porque na verdade nunca teria muito mais do que recebeu antes, e foi tão pouco. Agora só precisa que ele se vá, de vez, para que possa recomeçar!
Sem comentários:
Enviar um comentário