Julguei que o meu coração não iria resistir aos batimentos, descompassados, e ao impacto que a tua presença me provocou!
Tanto que esperei pelo momento em que te poderia voltar a olhar, bem dentro, nos olhos que tantas vezes tive tão próximos dos meus e que me passavam o que eras e sentias por mim. Hoje estás aqui, e à distância de um toque vou poder, finalmente, dizer-te tudo o que sobrou, todo o amor que ainda sinto e me mantém viva, à espera.
Eu sei que te imagino, que te vejo onde não estás, que todos parecem ter algo que se assemelha a ti, mas depois chega a desilusão, porque nunca és tu, porque o ano que já passou se transforma em tantos que pareço estar a envelhecer por dentro. Não desisti de ti, não ainda, e mesmo quando me forço a ficar próxima de quem me recorda de ti, sinto que te respiro, que te mantenho vivo e que muito provavelmente todo o amor que te tenho te trará de volta.
Hoje ainda não eras tu, o homem que eu sei que tinha tudo para me dar o que preciso. Enganei-me, os teus sinais na face não estavam lá, o sorriso não era o mesmo, não eras tu. mas se fosses, quem sabe eu não voltaria a viver outra vez, da forma certa, no ritmo que faz de mim a mulher que conheço e que perdi.
Precisava tanto que fosses tu, só desta vez!
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