A vida consegue ser estranhamente natural e simples, talvez por isso nos caiba a nós complicá-la, deixando, por momentos, de estar atentos aos sinais e aos momentos que se instalam depois de os termos pedido. Por vezes corremos mais do que caminhamos e sorrimos quando deveríamos estar a rir, porque a vida vai indo e vindo, cedendo e recusando uns quantos sonhos, mas apenas para que outros possam caber.
Hoje, num dia tão simples e tranquilo, a contrastar com a habitual agitação em que vivo, percebi que estava a receber a mensagem que me esquecera de ouvir. Afinal até já conquistei o que visualizei. Afinal estou com ambos os pés no lugar certo e foi-me dado o que me permiti desejar. Afinal até faço sentido, sobretudo para mim mesma e consigo saber o que me enche e preenche. Afinal não posso mesmo reclamar, nem devo, porque o que me chegou foi imaginado.
O meu trabalho nunca estará totalmente feito. Os meus minutos de solidão desejada nunca se transformarão, totalmente, nas horas que me fariam falta, mas já é bem mais o que tenho, meu e para mim, do que terei que criar. Não foi há tanto tempo assim, que me vi rodeada do lugar que me acrescentará palavras sem sons e de sons para os quais as palavras façam falta. Mas foi agora, hoje, que tive a luz bem directa a mim, iluminando-me por dentro numa certeza que quase me assustou. O que for meu a mim virá, foi assim que me ensinaram a ver, por isso acreditei, esperei e perseverei.
A vida é bem isto, a conquista para os que arriscam. O sol até em dias mais escuros e os sabores que acabaremos a colar às pessoas certas. A vida vai acontecer sempre hoje em primeiro lugar!
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