Estar de volta a mim é o que consigo fazer sempre que o que não me serve tem que ser refeito. Analisar, sem demasiado coração, mas com todo o cérebro de que sou feita, restaura-me e deixa-me pronta, porque nada do que sou parece bastar-me. Nada do que tenho me deixa quieta demasiado tempo, porque posso ter bem mais e proporcionar TUDO, primeiro a mim e depois a quem me olha e escolhe.
Depois do muito, do pouco e do nada, continuo o meu caminho, sem receios, ou cada vez com menos. Já ter sentido cada um dos percursos. Já ter saboreado cada sabor e definido quais me conseguem mover, levo a minha vida a viver, comigo, por mim e com os que irão, SEMPRE, fazer sentido. Depois do muito, do pouco e do nada, sei saber sem demasiado esforço. Sei encontrar estradas que outros percorrem e não vêem. Sei antecipar-me, mudando de direcção quando seguir em frente já não seja necessário. Depois do muito, do pouco e do nada, relativizar é cada vez mais o meu modelo e ele funciona, definitivamente.
Tanto que me perguntam sobre fórmulas, medidas e pesos. Tanto que parecem buscar, na busca que já fui capaz de fazer, por soluções mágicas, mas nada surge só porque sim e nada se encontra sem que saibamos onde procurar. Querem saber sobre as fórmulas? A única que parece funcionar, para mim, é o autoconhecimento. Sei de mim. Sei quem sou. Sei para onde tenho que ir, quando e porquê. Em relação a tudo o resto, sou como o comum dos mortais e também estou sujeita às leis da natureza e não raras vezes sentindo que é das minhas fraquezas que me cresce a força.
Quando formos capazes de subir todos os degraus, mesmo que a arfar, sentiremos o prazer da chegada e teremos como voltar a descer, regressando menos cansados e já sabendo o que nos espera!
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