15.6.18

Quem és tu?

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E se arranjasses uma forma de fazer, exactamente, o que tanto apregoas, ou que pelo menos apregoavas, comigo, sendo tão julgador e sempre de dedo apontado, a mim claro está. E se pensasses, um minuto que fosse, em ser mais consistente com o que dizias saber ser certo? E que tal se parasses de querer parar o mundo, quando ainda não determinaste a tua velocidade e onde pretendes ficar?

Quem és tu? Que homem se impede de o ser quando tem uma mulher como eu e foge? O que esperas que o tempo faça contigo quando já não tiver sobrado mais nada? Será que nunca te arrependes ou desesperas? 

Queres-me saber feliz, dizes com toda a abnegação, mas será que já me conseguiste imaginar noutras mãos, a ser beijada, apertada e amada por outro que não tu? Será que consegues ouvir o meu respirar ofegante e o desejo canalizado para quem terá um novo nome e um olhar que entrará no meu, vendo-me quando já não o consegues fazer porque desististe? 

Quem és tu? O que foi que falhei entender quando achei que te sentia e amava o bastante para apenas ser amada de volta? Como é que consegues simplesmente deixar de pensar em mim e no que te dei, de forma consistente, enquanto fui a tua mulher? Onde é que escondes os sentimentos, o desejo e a vontade de me tocar, de sorver o mel ao qual és alérgico, mas que a ser meu apenas te adoça e amacia? Quem és tu quando e enquanto te manténs ocupado a deixar-me ir? Quem és tu agora que juras já não me amar?

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