Fiquei a pensar na pergunta que aguardava uma outra que supostamente não me iria agradar. O que é que não posso perguntar? Pois, não sei muito bem o que é que não permito que me perguntem, talvez porque eu mesma não seja dada a bombardeamentos, não imediatos. Gosto que as conversas fluam e que as perguntas se encaixem com contexto. Gosto de ir descobrindo e que me descubram, mas detesto, sobretudo ultimamente, repetir-me, recontar, recomeçar e dar-me a conhecer de chofre.
O que é que não posso perguntar? Julgo que agora e depois de pensar no assunto, não vou querer que me perguntem sobre amores passados, porque para lá do que vivo, ficou o que não me pertence mais e por consequência ninguém precisará de saber. Mas será que gostaria de saber de tudo, de todos, do que tiveram ou deixaram fugir? Será que ajudaria na construção de quem me está a chegar? Será que me faz falta, ou pelo contrário impede e afasta?
O que é que não posso perguntar? A mim talvez possam perguntar tudo, mas preparando-se para as respostas, as que irei dar e as que negarei, para me defender do que não me protegeu antes. No entanto sei que não gosto que me perguntem se tenho medo, ou do que tenho medo, sobretudo se o associam às minhas escolhas e recusas, porque há muito pouco que me assuste, tirando a fobia a roedores e aranhas, os seres de 2 pernas não me fazem medo, mesmo que me assuste a imbecilidade e a incapacidade de evoluírem, porque parecem renitentes em aceitar o século 21.
Posso fazer uma pergunta? Ui, já sei que vem coisa!
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