É um facto, tenho falta de toque e mesmo que não pense nisso numa base diária, a verdade é que não estimulo os abraços, os beijos e o contacto que me levará para além do que sou e tenho!
Sou demasiado cerebral e pragmática, analiso e compartimento tudo, tornando-me quase mecânica, sobretudo quando estou afastada do amor e das relações emocionais. Sou muito intensa comigo, nas exigências que me imponho e deveria cuidar de me cuidar mais, procurando colo e dando menos.
Tenho falta de toque, de beijos intensos e apaixonados, de olhares que se cruzam e permanecem. Tenho falta de um outro lado de mim, aquele que me conforta e assegura de que não estou sozinha e que mesmo no meu percurso, poderei ter quem caminhe comigo, lado a lado. Tenho falta de toque e entendê-lo já é um enorme avanço, quem sabe não me reprogramo e passo a procurar, sem medo de me expor. Tenho muita falta de sentir falta de quem chegará para me assegurar de que não tenho que permanecer assim, sozinha, em controlo de tudo, a fazer tudo e a ser apenas eu, em tudo!
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