Olhar-te. Ter os meus olhos nos teus outra vez. Sentir-te sem te tocar, respirando de forma descompassada. Olhar a boca que desejo na minha, que preciso de ter para me recompor, para ser eu, a que te quer como já aprendeu. Tenho que te voltar a olhar e a entender porque me recuso a tirar-te...
Hoje estou de alma cinzenta, com medo de não receber o que tanto preciso de ti. Hoje acordei com medo e insegura, sem me querer mexer muito, para parar de pensar, para não sentir, sobretudo a tua falta. Hoje entendo que se deva ir devagar, mas entende também tu, homem da minha vida, que à tua velocidade já nos teríamos perdido e que quando se quer muito, tem que se correr, porque caminhar rápido não chega. A vida acelera-nos, cobra-nos, não espera pelas indecisões e segue em frente, arrastando até os que pareciam resistir-lhe. Quando parecemos ter encontrado quem nos toca dentro, precisamos de parar de perguntar tanto e de responder mais.
Não é assim tão comum que se esbarre na pessoa certa, e por certa entendo que seja quem nos permita acordar a saber que a vida só valerá a pena se ela estiver lá. Que só nos levantaremos ao cairmos, se nos der a mão, a única mão que manterá o chão firme e que nos fará olhar para os sorrisos que só dispensam os apaixonados.
Quero olhar-te outra vez, e deixar que me olhes até perceberes e teres a certeza de que posso bem ser a tua pessoa. No tempo certo, agora, nem mais um dia depois!
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