Deixo que a normalidade me toque e volto a ser eu outra vez. Escolho ver o mundo à minha maneira e reconheço-me em cada sorriso, até na forma como danço, porque sei, porque posso e porque me move muito mais do que o corpo. Percebo, todos os dias mais um pouco, o que não quero e o que nunca mais voltarei a permitir, sobretudo a mim quando pensar em fraquejar. Sei do que preciso para permanecer no trilho que já percorro e reencontro-me com a minha essência quando sou genuína, sem filtros, mesmo que permaneça a filtrar os que me olham. Já não disparo em todas as direcções, os alvos são totalmente visíveis e mais ninguém terá que carregar o que me pesa. Afasto os momentos menos azuis e agradeço a visão que se abre quando e enquanto estou no meu lugar seguro. Afasto os medos que não me fazem evoluir e subo mais uns quantos degraus, deixando para trás quem se recusa a acompanhar-me. Abro os braços e recebo o que irá durar o tempo que dura a minha determinação e ela cresce à velocidade da minha entrega.
Deixo que o amor me invada e aceito que alguns nunca saberão do que falo, até quando acharem que estão a ser amados. Deixo para trás o que há muito parou de estar aqui e foco-me no que já vislumbro. Deixo TUDO o que não me representa e passo a afirmar, com muito mais certezas, que sei exactamente quem sou.
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