O que procuramos e esperamos de quem nos procura, mesmo que ainda não o saiba, sobe umas quantas fasquias e faz com que desejemos quem seja capaz de superar o que tem em si, tornando-se melhor, maior e mais resiliente. O que procuramos e esperamos encontrar, são almas que se coloquem ao dispor do conhecimento que terão que acumular, para que sejam válidas, validando os sentimentos do coração e juntos possam regular os medos e o papel, infinito, do cérebro que é o de nos proteger. O que procuramos em quem desejamos, é que deseje limpar-se de tudo o que o possa afastar do propósito maior, que é o de fazer o bem, estando e sentindo que tem o que basta e bastando ao outro para que também ele se limpe do que quase o "matou".
O que me regula é o infinito, o que me permito olhar, tudo o que me disponho a aprender, apreendendo regras de conduta e vontades que não podem colidir com as dos outros, mas afastando tudo e todos quantos colidam com o meu bem estar. Não existe um único dia em que não me deixe surpreender e nenhum dos anos que já conto passaram, ou alguma vez passarão em vão, porque os vejo refletidos nos seres que generosamente me foram confiados. O que me enche de orgulho e dum prazer inexplicável, é a sabedoria que lhes parece vir de dentro, de forma natural e espontânea, mas auto regulada, porque também eles têm sede de mais e do que é maior. O que me afasta dos pensamentos menos bonitos, ou mais reais, porque a realidade é por vezes maior do que o nosso desejo de a embelezar, é perceber que fiz exatamente o que me cabia e que por isso, hoje, cabe na mente e no coração dos meus filhos, o entendimento de que o mundo também lhes pertence e que o podem querer e fazer grande. Sinto que conquistaram a resiliência que os permite distinguir o que lhes serve e que apenas permitirão por perto, o que ainda lhes acrescentar mais. O que não me deixa de querer continuar a procurar, é a certeza de que acabarei por encontrar quem e o que fará mesmo sentido.
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