Não pretendo normalizar uma circunstância anormal, passando a esconder-me ou a retrair-me com os processos, os acontecimentos e as pessoas que entram e entrarão na minha vida!
Nunca, em nenhum momento, considerei que já sabia e possuía tudo o que me afastaria dos mal amados e dos narcisistas. A minha capa protetora cresce à medida que esbarro em cada um. Dizem os "entendidos" que aprendemos mais rapidamente com o errado, mas eu permito-me recusá-lo, porque o certo é que nos deixa de olhar brilhante e de energias em alta, tudo o que não nos melhora, apenas nos ensina de que forma não ser e não fazer, tal como o fará o bom senso.
Não faço tensões de afastar os que sabem amar genuinamente e sem desvios. Permaneço crente no amor e na habilidade que apenas ele tem de nos tornar mais bonitos, sobretudo por dentro. O que uso verdadeiramente sempre que sou atingida pela seta envenenada dum Cupido de substituição, é todo o amor de que sou feita, para que a corrente não se quebre. Sou bem mais do que as circunstâncias que me envolvem, sou tudo o que faço com o que não pude mudar e com o que permiti perpetuar.
Não pretendo deixar de me restaurar sempre que regressar ao mundo no qual sou eu em cada adormecer e acordar. Tudo o que me rodeia é motivo de celebração, mesmo que sozinha. Não aponto dedos por demasiado tempo, não para os que me falharam, escolho antes direcioná-los para os que, tal como eu, nunca danificam o que mais tarde lhes poderá fazer falta.
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