Doeu, mas já não duma dor real, foi apenas como que um esbofetear do meu atrevimento. Doeu, mas sobretudo pelo vazio de alma e por perceber que o coração que falou ao meu, não tem nada dentro. Doeu, mas já não tive lagrimas para derramar, senti-me apenas incrivelmente livre, talvez por ter percebido que não me cabe mais nenhum esforço, nem sequer necessidade de incluir quem nunca esteve, não como acredito deva estar quem tem sentimentos supostamente fortes. Doeu, mas foi o ponto final de que precisava para me voltar de novo para mim e fazer apenas o que faço bem.
Será que nos podemos enganar mais do que uma vez? O SIM é grande e redondo, porque a verdade é que nos engaremos tantas vezes quantas precisarmos, até que nos cansemos de ser e de sentir por dois. Será que esbarramos mesmo em quem usa as palavras ao contrário, dizendo apenas o que sabe que precisamos de ouvir? Mais um SIM que me deixa com a sensação de uma burrice que afinal nem tenho, mas que teimei em mostrar. Será que a alguns dos seres que povoam este pedaço de mundo está vedado o amor verdadeiro e que por isso nunca o quererão incluir, mesmo que lhes saiba bem ser amados? Podem dar vocês mesmos a resposta, porque até sei que a sabem.
Se doer faz bem, mas apenas quando cuidamos do corpo, levando-o ao limite para que se supere e melhore. Se doer, no amor, não está certo, nem deverá continuar. Se dói pelas dúvidas, seguramente que nunca irão desaparecer, não, porque precisamos de viver com certezas e não, porque simplesmente deveremos querer e exigir mais, tanto quanto o tamanho que fizemos por ter. Se te doer fecha a porta e acredita que existem umas quantas janelas para abrir.
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