Tive-te de forma diferente e por isso acabaste a ter-me como talvez tenhas esperado sempre. Senti-te, mais uma vez, a parecer que será desta que te voltarás para o lado onde me encontro, escolhendo-me e não apenas porque te escolhi. Tive-te com um sabor que me ampliou o amor e amei-te de forma ainda mais intensa, acreditando que intensifiquei o que construímos. Tive-te sem reservas e reservando-me o direito de te dar tudo o que amealhava, acreditando sempre que o virias a querer.
O amor não escolhe a quem escolher, apenas determina o que aparentemente fará mais sentido, mesmo que nos sintamos, por vezes, deslocados, incapazes e imbecis por tanto esperar pelo que eventualmente terá por chegar. O amor é um acumular de sentimentos que arremessamos na esperança de que nos seja devolvido. O amor, esse estado de graça, muitas vezes nada engraçado, revolve-nos as entranhas quando não somos amados, mas deixa-nos com a sensação mais inebriante quando o conquistamos. O amor que te tenho cresceu até na penumbra, mas a luz instalou-se, forte, determinada e a iluminar tudo à sua volta. O amor que agora me tens, tem-me mantido mais serena e confiante no percurso que continua a ser no imediato, porque apenas nos resta viver o presente que o passado adiou, mas que o futuro se encarregará de manter ou fazer esquecer.
Tive-te com TUDO o que sempre achei que representavas e isso refletiu-se no que nos demos, porque já o aprendemos a fazer. E Tive-te, finalmente!
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