O que tenho da vida?



Tenho a cada dia menos medos e sou, a cada dia, menos avessa a ser apenas eu. Tenho um olhar peculiar a respeito de mim e de tudo o resto, mas deixei de me catalogar, aceitando que é na diferença que me permito mais e melhor. Tenho objetivos claros acerca do que faço por aqui e passei a fazer apenas o que tiver sentido e me permitir sentir-me em cada movimento. 

A vida tem sons perfeitos e se os soubermos ouvir, vamos seguramente encurtar passadas desnecessárias. A vida é um constante subir e descer, para que possamos ver melhor e mais longe. A vida é o aqui e agora, com quem estiver e com todos quantos possam verdadeiramente ficar enquanto estiverem. A vida são escolhas conscientes ou arrojadas, até quando sabemos pouco sobre o resultado final, mas antecipando-o.

Tenho a cada dia mais certezas quanto ao que preciso, para ir precisando de muito pouco, a não ser de verdade, de amores que me curem do que não sei curar sozinha e de sorrisos que me saiam bem de dentro, assegurando-me da pessoa que sei ter-me tornado. Tenho, a cada dia, mais vontade de fazer apenas o que me deixar capaz de ainda mais vontade de viver assim, ao meu ritmo.

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