NADA substitui a paz, porque quando o nosso coração está em paz as decisões são sempre sábias e todos os movimentos passam a ser calculados em função do que pretendemos manter. Quando já provámos do doce sabor da paz que nos invade até quando e enquanto não nos sentimos completos, os planos e os sonhos têm um propósito definido e maior.
O que nos faz bem é certo. O que nos deixa mal, com dúvidas e rodeados de incertezas, está inequivocamente errado e é então que erradamente assumimos poder mudá-lo, porque as pessoas com as quais esbarramos trazem-nos lições inestimáveis e forçam-nos a ações nem sempre confortáveis, mas que deverão ser tomadas, sob risco de nos deixamos a viver no limbo. Os amores, até os fortes e avassaladores, apenas chegarão para que entendamos quem ainda nos faltava amar e seguramente que era a nós.
Nada, mas mesmo nada, merece ser forçado a encaixar no que não se encaixa. As razões que levam alguns a ser e a fazer o que nos magoa, devem ser entendidas, aceites e libertas, porque o Universo saberá o que fazer de cada desinteresse, de todos os olhares de soslaio e das palavras sem sentimento. Nada, nem ninguém, alguma vez poderá merecer que apenas nos restem migalhas e um coração partido em mil pedaços. Nada substituirá a paz de sabermos exatamente quem somos e o que temos para doar, sem segundas intenções, ou propósitos obscuros. Nada me retirará a paz que armazenei para quando precisar verdadeiramente de me agigantar perante a minha finitude, até lá, serei tão serena quanto determinada a que não me roubem a paz de que sou feita.
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