Somos vítimas, alguns de nós, dos bloqueios familiares, sociais e obviamente dos nossos. Somos a vontade de pertencer, mesmo que nunca cheguemos a saber quem somos sem as máscaras e porque motivo nos mascaramos para SEMPRE. Somos os mesmos lugares que outros percorrem e procuramos a experiências que uns quantos tiveram e nos passaram, de forma inexata, porque nem eles as souberam saborear. Somos apenas uma fração do que poderíamos na realidade ser, se desbloqueássemos o que nos aprisiona e envolve em algemas bem visíveis, até porque hoje vivemos mais "em cima" uns dos outros, sabendo o que cada um faz, deseja fazer e ou nunca conseguirá fazer, porque a ação obriga a uma coragem que NÃO parecemos ter. Somos TÃO pouco perante a imensidão do mundo, das oportunidades e das possibilidades que arremessamos para bem longe, por medo de arriscarmos sentir a verdadeira felicidade.
Estou claramente noutro patamar, mas não me refreio, não respondo ao que nem sabem perguntar e não me envolvo do que aos outros soa a certo ou a seguro. Sou tão diferente quanto o que fiz por entender de mim, do que faço aqui e do que ainda me falta conquistar. Sou a versão que melhoro a cada dia, mesmo com avanços e recuos, porque a reconstrução sob construções frágeis necessita de muito mais tempo. Estou claramente segura do caminho que faço, percebendo e aceitando que por ele passarão uns quantos apenas para me testar e outros tantos para me ensinar.
Somos vítimas do que tomamos por inevitável e inevitavelmente acabaremos mais sós, pobres de lugares interiores e incapazes de resistir às inúmeras provações, porque elas virão. Somos vítimas do que nos parece mais fácil, mas um dia, quando pouco nos restar fazer, iremos perceber o quão difícil foi não ser, não sentir, não cuidar e não amar devidamente.
0 Comentários