Mete-te em apuros. Faz coisas erradas que te saibam a certas. Sê diferente de ti mesma, mas com prazer e vontade de viver em cheio. Mete-te em apuros no amor e ama desalmadamente, mesmo que não te amem de volta. Procura pelo que te acrescenta mais sorrisos e sorri sem medos nem culpas, até das tuas inabilidades. Mete-te em apuros, por vezes, um cento de vezes, mas sabendo que saberás um pouco mais sobre ti no final.
Os arrependimentos, um dia, serão apenas isso, sem qualquer possibilidade de recuos, ou de regressos a passados nos quais poderias ter sido mais, tudo, tu e outra qualquer, juntas e misturadas para que fossem tão grandes quanto te sentes. Os sonhos que não viveres serão apenas isso, momentos desperdiçados pelo medo de caminhos que seguramente pisarias, não com certezas e planos, mas com os pés na terra molhada e nas ervas que crescem sem que alguém as possa impedir, teimosas, mas plenas de cores e cheiros que se entranham e permanecem até à estação seguinte. Os olhares, para quem te olha de volta e fala do que gostas de ouvir, até quando não usam as mesmas palavras que reconheces, deveriam servir para te libertar dessa prisão comportamental, da postura séria, segura e NUNCA desviante, mesmo que te apeteça desviar 360 graus e ser a que carregas dentro e fazes por esconder dos outros. Os amores sem dores e os que te doerão sempre, valerão a pena, cada um e por cada sentimento que te arrancarem, recordando-te do quão viva permaneces.
Mete-te em apuros, uma vez que seja e sê, sem culpas, ESTUPIDAMENTE FELIZ!
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