21.2.24

Nem sempre tenho o que dou...



Nem sempre sou eu, nem o deveria ser sempre. Nem sempre me mostro como me sinto e raramente sinto o que me mostram, parecendo interessada. Nem sempre olho para quem me vai olhando, talvez à procura de algo que não tenha, ou ainda não seja, mas raramente deixo de olhar para o que me mantém um pouco mais tranquila. Nem sempre o meu coração fala do que a alma acredita ter mantido, mas é sempre a alma que mantém o meu coração na batida que o alimenta. Nem sempre sonho o que desejava, mas continuo a desejar que os sonhos me elevem cada desejo. 

Ainda não sei ao que sabe amar na mesma proporção e direção dos que já me deveriam ter amado, mas sei que me mantenho determinada em esbarrar num que não precise de questionar. Nunca deixei de voltar sem saber por que motivo tinha ido e sei que jamais regressarei dos lugares emocionais onde me fizer sentido. Ainda não perdi as forças que me acompanham nas mais duras e longas viagens, talvez porque não me permita fraquejar nas inevitáveis paragens. Nunca me sarei completamente, mas é após cada ferida que me renovo e mantenho.

Nem sempre sei quem sou quando o estou a ser para alguns, mas sei que parar de questionar me permite dar o que eventualmente terei de volta. Nem sempre sou a protagonista da minha história, mas jamais serei a vilã que apenas pede e espera pelo que nunca terá forma de dar. Nunca senti o melhor e maior amor do mundo, mas nunca permiti que isso me impedisse de amar como entendo ser certo.

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