Não quero absolutamente nada de ti. Não quero que me completes ou tragas o que sozinha não tiver conquistado. Não quero que me queiras à tua maneira, mesmo que essa prevaleça, quero que vejas, antecipes e me inundes do que mais ninguém conseguiria. Não preciso de rosas, nem sequer às dúzias, ou que me ofereças o mundo numa salva de prata, porque eu mesma me encarregarei de o ir buscar. Não quero que me faças falta, porque isso apenas significará que não te consigo ter.
Quero tudo o que tens dentro, porque foi o que me fez apaixonar por ti. Quero tudo o que ninguém te consegue arrancar. Quero que me ofereças tudo o que já for teu, sem esforço, ou busca incessante para me impressionar. Quero que me queiras sabendo já o que quero de nós, porque comigo e para mim seremos sempre dois para contemplar. Preciso apenas dos minutos que saberás transformar nas horas em que nos inundaremos de nós, sem reservas, mas reservando-nos o direito de sermos o que mais ninguém consegue. Quero saber que nunca me farás falta, porque encontrarás forma de estar sempre.
Não quero mundos romantizados, como os que crio em palavras. Não quero querer-te sozinha, sem uma agenda que me informe do quando e como. Não quero ter que lutar para te conquistar, isso reservo e solto para os que apenas se alimentam dos desafios e nunca da concretização. Não quero, e nunca o farei, pedir-te para que me queiras.
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