19.6.13

Isto de ser viciada em palavras...

junho 19, 2013 0 Comments


Se eu não fosse tão palavras, provavelmente já teria encontrado alguém, e quem sabe esse alguém até me faria feliz, mas insisto em esperar que do outro lado jorrem as palavras que preciso e quero ouvir, assim sendo...

Basta-me uma palavra fora de contexto, palavras atropeladas, mal ditas, que soam a algo inteiramente diferente, para que a minha pele reaja, para que todo o meu ser rejeite quem, com todas as suas capacidades, tenha a incapacidade de usar as palavras certas.

Por onde andará esse ser, se é que existe, que consiga fazer-me sorver sílabas, agradar-me com os seus sons, rever-me neles?

Preciso de alguém assim, alguém que, mesmo com outras prerrogativas, incluam mais esta, porque sem ela... nada feito, fico para aqui a falar e a escrever sozinha!

15.6.13

Quando uma mulher regressa...

junho 15, 2013 0 Comments
Feelme/Quando uma mulher regressa...Tema:Contos!
Imagem retirada da internet

Não tem sido fácil para a Ana voltar ao mundo do trabalho, mas sempre foi uma excelente profissional, e sabe que só precisa de se adaptar, de ganhar forças e de seguir em frente!

De propósito ou não, fazem-na sentir-se "velha", constantemente, deslocada, uma mãe. Olham-na quase que de soslaio.

- Como pode uma advogada tão brilhante desistir de tudo por amor?
- São escolhas minha querida.


Serão certamente, mas Ana considera-as agora burrices. Decisões ténues e tentativas fracassadas de passar apenas a servir os outros, de deixar de ter e de ser para apenas dar, e deu-se, aos filhos e sobretudo ao marido. Dos filhos não lamenta qualquer minuto, são pessoas admiráveis, seres humanos com carácter, respeitam a mãe, admiram-na e são, agora mais do que nunca, a bóia que a mantém à tona de água. Já do marido, do João, todos os minutos entraram pelo ralo, não permitindo que se aproveitasse o que quer que fosse. Aquela relação extra-conjugal fora totalmente inexplicável. Devotara-lhe sempre imenso respeito, não o imaginando, em nenhum momento, a perseguir menininhas, a querer algo que sustentou mais tarde como sendo para quebrar a rigidez da sua vida.

Ana sabe que jamais se perdoará e que se culpará para sempre por se ter remetido ao papel secundário. Deixara-o brilhar e em troca recebera muita dor e revolta.

Quando uma mulher tem que regressar, ao trabalho, à vida lá fora, por mais duro que seja, o que a move será sempre para a levar ao sucesso e para esta mulher não será diferente.

- Olá mamã, estás cansada?
-Um pouco minha querida, mas feliz e completa.
- Ganhaste o caso?
- Sim, mais um. Sabes minha querida, quero e preciso muito que entendas algo, faz-te sempre a mais importante, não te entregues ao que acham ser o melhor para ti sem dares luta. A tua felicidade é a razão pela qual te concebi e trouxe a este mundo, entendes-me?
- Sim, mamã, entendo-te muito bem e amo-te muito.
- Eu também, a ti e ao teu irmão, daqui até à lua!





Não deu certo... lamento...

junho 15, 2013 0 Comments



Conheci o Jack ainda na escola primária, as nossas mães eram como irmãs, faziam as mesmas coisas, gostavam de tudo o que agradava à outra, e nós crescemos a gostarmos de nos sabermos felizes!

Acabámos obviamente namorados, nem nos afastámos quando frequentámos universidades diferentes, o nosso namoro era inabalável.

A minha paixão pela escrita de investigação, levou-me a trabalhar numa grande revista e os meus dias e noites passavam-se à volta do que mais gostava de fazer. Havia tanto para aprender e dominar, por isso mal dormia com tanta adrenalina.

Infelizmente, e nesse único aspecto, eramos o oposto um do outro. O Jack queria apenas e só um emprego das 9 às 5, que lhe permitisse jogar squash com os amigos, refastelar-se na esplanada de um bar, onde todos juntos riam das anedotas gastas e admiravam as pernas das miúdas. Inevitavelmente, as coisas não correram bem, começou a cobrar-me as longas horas que devotava à profissão, a ressentir-se do meu desejo, segundo ele "absurdo" de ter e ser muito mais. O apartamento que partilhávamos passou a ser demasiado pequeno para mim e começou a sufocar-me. Não conseguia ter um espaço para a minha outra paixão que é a fotografia e ver as caixas que ainda se amontoavam à procura a de serem arrumadas enlouquecia-me. Nada daquilo era eu, ou o que desejara para mim.

Estou a olhar pela enorme janela do meu novo lar. Tenho tudo o que desejei, mas o Jack já não está comigo. A vida é feita de testes constantes, e as pessoas que amamos nem sempre estão do nosso lado, para o bem e para o mal. Sei que ainda o vou amar por muito tempo, mas decidi que não poderia desistir de mim, que teria que me sentir completa e inteira para fazer os outros felizes. Passei a aceitar as viagens constantes, sou a mais requisitada na redacção, tenho o meu estúdio em casa, onde as fotos, as que tanto vão representando cada passo novo, já não estão em caixas.

Prometi que o meu interior conta mais e que não vou desistir de procurar alguém que me acompanhe sempre, que tenha o meu ritmo, que partilhe os meus desejos e sonhos, que se regozije com os meus triunfos. Até lá...

Nightmare jobs!

junho 15, 2013 0 Comments

Buy a sad tale, a Color Photography on Paper, by Federico Bebber from Italy, For sale, Price is $1690, Size is 39.4 x 27.6 x 0.4 in.


Is it possible to have a dream job, but with total shitty people along with it? Some appear to be in this planet only to make others lives miserable. They have no inner beauty, they can´t find no thread of humanity, friendship, or interest on others. It´s so sad!

We can have an amazing job, exactly the one we´ve been dying to have, but then come the others, and we have to learn how to deal with them, how to escape the futilities and their inability to relate. This is what the all world is about, fighting, making enemies, not being, only to be, if you know what I mean...

I just wish some jobs could come with enduring filters, something to put away bad drafts!


4.6.13

Sozinha...

junho 04, 2013 0 Comments


Por vezes é duro acabar sozinha em alturas especiais, quando tanto mundo acontece lá fora, mas 
as escolhas são isso mesmo e nem sempre trazem um final feliz, mas temos que nos guiarm pelas convicções e pelo que consideramos certo, se não que mais nos resta?

De repente somos um casal, para o bem e para o mal. De repente partilhamos tudo, sentimos a dobrar, cuidamos de outra pessoa para além de nós mesmas, damos amor, muito mais do que conseguimos receber, mas sentimo-nos felizes a maior parte do tempo, até que um dia as luzes apagam-se, o glamour vai-se e nada faz mais sentido.

Sozinha e bebendo devagar o meu vinho, recordo-me sobretudo do que eu era e do que me tornei quando deixei que me apagassem, quando me misturaram numa enorme taça de vidas planeadas. Como se cura um coração que agora sofre? Não sei ainda, mas vou ter que aprender. Lá fora a chuva arrefece-me por dentro, estou cansada de te querer sem volta, preciso de conseguir que o meu coração pare de sofrer. Quero-o de volta e feliz.

Até saber como se cura o meu coração partido, vou ficando sozinha no meu canto, tentando não me apagar de vez!




2.6.13

Irreverência...Arrojo!

junho 02, 2013 0 Comments
Quero e vou conseguir usar e abusar dos meus dotes e capacidades. Preciso de sair da casca, de me sentir mais confiante com o que sou!

Se faço virar cabeças, tenho que o tomar como natural e melhorar, sempre, porque eu sim, melhorei com a idade, fiquei uma pessoa melhor. Gosto da minha companhia.

Hoje sinto-me assim...

Quem te segura a mão?

junho 02, 2013 0 Comments

|| Pinterest: Isabarvalho || não autoral

Será que estamos a criar relações que nos permitam vir a ter algum colo no futuro?

Quando a vida nos prega truques, quando as relações terminam, as doenças nos espreitam, quando tudo parece ficar do avesso, até a nossa capacidade de resistir, será que teremos quem nos segure a mão, quem nos dê colo e nos acaricie os cabelos?

Vivemos demasiado à pressa, não cuidando e não cimentando relações. Vivemos sem saber para onde estamos a caminhar quando a velhice espreitar, quando os passos já não forem tão firmes. Muito para cá desse tempo que espero sinceramente ainda viver, quero poder vivenciar um novo percurso. Gostaria de saber e de sentir, que terei alguém ao meu lado e que sempre que me apetecer chorar, rir, gargalhar, ou apenas ficar em silêncio, terei uma amiga, ou amigas, do meu lado. Amigas que me conheçam o bastante para saber o que estou a pensar, o que me deixa animada e o que preciso de ouvir. Cuidem das vossas, não as afastem, defendam-nas, desculpem-nas, sejam alguém que também estará lá, para elas, sempre, porque as boas amigas são as que nos irão dar a mão, quando dela precisarmos!