22.6.13

Telefonemas que nos abalam por dentro...

junho 22, 2013 0 Comments


Aquele telefonema mudara tudo na minha vida, mas também me dera a possibilidade de deixar o passado para trás, de seguir, move on!

- Olá boa tarde, estou a falar com a Andreia?
- Sim, sou eu.
- A Andreia não me conhece, mas tenho algo para lhe dizer do Artur, nós somos amigos recentes e muito especiais.

Julgo que senti as minhas pernas tremerem e um milhão de coisas correram rapidamente pelo meu cérebro, tentando em vão descortinar o que significaria tudo aquilo, mas nem para mim, mulher de mente tão fértil, seria jamais previsível o que ouvi na esplanada do café que frequento.

- Quer um copo de água, está muito pálida.
- Um homem que eu não conhecia, por sinal com um aspecto bem agradável, percebia-se que era  culto e polido, acabara de me dizer que tinha uma relação amorosa com o meu ex-marido. Caramba!
- Não esteja à procura dos sinais, não se martirize, as coisas nem sempre funcionam assim e não significa que o Artur seja homossexual, poderá ser bissexual e nada do que tiveram antes esteve em jogo.
- Parece conhecê-lo muito bem...
- Apenas após a vossa separação, e sim, acho que o conheço bem e estou disposto a tê-lo comigo, ajudando-o a superar o que vem aí, eu sei que não vai ser fácil, mas conto com a sua ajuda. Vocês têm filhos em comum e nenhum dos dois irá querer vê-los magoados ou infelizes.
- Contam continuar a viver aqui?
- Eu já lhe propus mudar, tenho casa em Évora, seria um período menos conturbado e por lá todos me conhecem, aceitam e respeitam. Se ficarmos por cá, não terei como o proteger.
- Concordo!

Foi tudo o que consegui dizer. Saí dali com a cabeça a latejar, apanhada de surpresa, incrédula, buscando e rebuscando todo o meu passado com ele, mas em nenhum momento poderia ter suspeitado de algo assim. O que me restava agora? Proteger os meus filhos e por muito que me apetecesse gritar-lhe, despejar toda a minha raiva e incredulidade, senti-me de repente demasiado desapegada e sem qualquer interesse pelo que me poderia dizer.

Um dia mais tarde, quando o Paulo e o João fossem mais velhos, aí poderiam vir então a saber do pai, e quem sabe, como em muitas outras situações idênticas, ter com ele uma relação natural, sem constrangimentos.

Eu, por ora, teria que retomar o meu percurso de vida e cuidar-me o suficiente para não sair magoada disto. Afinal de contas, a vida é feita de escolhas, e ele já não é mais o meu marido, é tão somente o homem que escolhi um dia. É uma pessoa que fez escolhas, é um indivíduo e não me deve nada, já não!

Who matters the most?

junho 22, 2013 0 Comments




To this question, who matters the most, I have to answer, ME!


It´s been a struggle to learn how to let go of the past, not to hope too much for the future, but simply to live in the present. Dropping the things which harmed me, enjoying every single second of my present, learning about who I am, and what I expect, that´s my true fight.

I have to forgive myself every day for what I alouded others to do to me. I have  to learn to let go, and to simple enjoy the moment.

Who matters the most? It has to be me.

19.6.13

So much me now!

junho 19, 2013 0 Comments
Feelme/So much me now!Tema: In English!

I need you so much, I know there is nothing more I can do, but to search for the love I want and need from you!

Please come, please bring me you, give me the site of the man I once knew, and know is out there, somewhere.

All of me is wanting the all of you, your body, lips, the hair I love to touch, the sound of your voice, come honey, I need to touch you, to have you...

My all me could make you know, right now, how much you´re loosing, and how dark both our lives can be.

Stop running, I´m here, take me!

Isto de ser viciada em palavras...

junho 19, 2013 0 Comments


Se eu não fosse tão palavras, provavelmente já teria encontrado alguém, e quem sabe esse alguém até me faria feliz, mas insisto em esperar que do outro lado jorrem as palavras que preciso e quero ouvir, assim sendo...

Basta-me uma palavra fora de contexto, palavras atropeladas, mal ditas, que soam a algo inteiramente diferente, para que a minha pele reaja, para que todo o meu ser rejeite quem, com todas as suas capacidades, tenha a incapacidade de usar as palavras certas.

Por onde andará esse ser, se é que existe, que consiga fazer-me sorver sílabas, agradar-me com os seus sons, rever-me neles?

Preciso de alguém assim, alguém que, mesmo com outras prerrogativas, incluam mais esta, porque sem ela... nada feito, fico para aqui a falar e a escrever sozinha!

15.6.13

Quando uma mulher regressa...

junho 15, 2013 0 Comments
Feelme/Quando uma mulher regressa...Tema:Contos!
Imagem retirada da internet

Não tem sido fácil para a Ana voltar ao mundo do trabalho, mas sempre foi uma excelente profissional, e sabe que só precisa de se adaptar, de ganhar forças e de seguir em frente!

De propósito ou não, fazem-na sentir-se "velha", constantemente, deslocada, uma mãe. Olham-na quase que de soslaio.

- Como pode uma advogada tão brilhante desistir de tudo por amor?
- São escolhas minha querida.


Serão certamente, mas Ana considera-as agora burrices. Decisões ténues e tentativas fracassadas de passar apenas a servir os outros, de deixar de ter e de ser para apenas dar, e deu-se, aos filhos e sobretudo ao marido. Dos filhos não lamenta qualquer minuto, são pessoas admiráveis, seres humanos com carácter, respeitam a mãe, admiram-na e são, agora mais do que nunca, a bóia que a mantém à tona de água. Já do marido, do João, todos os minutos entraram pelo ralo, não permitindo que se aproveitasse o que quer que fosse. Aquela relação extra-conjugal fora totalmente inexplicável. Devotara-lhe sempre imenso respeito, não o imaginando, em nenhum momento, a perseguir menininhas, a querer algo que sustentou mais tarde como sendo para quebrar a rigidez da sua vida.

Ana sabe que jamais se perdoará e que se culpará para sempre por se ter remetido ao papel secundário. Deixara-o brilhar e em troca recebera muita dor e revolta.

Quando uma mulher tem que regressar, ao trabalho, à vida lá fora, por mais duro que seja, o que a move será sempre para a levar ao sucesso e para esta mulher não será diferente.

- Olá mamã, estás cansada?
-Um pouco minha querida, mas feliz e completa.
- Ganhaste o caso?
- Sim, mais um. Sabes minha querida, quero e preciso muito que entendas algo, faz-te sempre a mais importante, não te entregues ao que acham ser o melhor para ti sem dares luta. A tua felicidade é a razão pela qual te concebi e trouxe a este mundo, entendes-me?
- Sim, mamã, entendo-te muito bem e amo-te muito.
- Eu também, a ti e ao teu irmão, daqui até à lua!





Não deu certo... lamento...

junho 15, 2013 0 Comments



Conheci o Jack ainda na escola primária, as nossas mães eram como irmãs, faziam as mesmas coisas, gostavam de tudo o que agradava à outra, e nós crescemos a gostarmos de nos sabermos felizes!

Acabámos obviamente namorados, nem nos afastámos quando frequentámos universidades diferentes, o nosso namoro era inabalável.

A minha paixão pela escrita de investigação, levou-me a trabalhar numa grande revista e os meus dias e noites passavam-se à volta do que mais gostava de fazer. Havia tanto para aprender e dominar, por isso mal dormia com tanta adrenalina.

Infelizmente, e nesse único aspecto, eramos o oposto um do outro. O Jack queria apenas e só um emprego das 9 às 5, que lhe permitisse jogar squash com os amigos, refastelar-se na esplanada de um bar, onde todos juntos riam das anedotas gastas e admiravam as pernas das miúdas. Inevitavelmente, as coisas não correram bem, começou a cobrar-me as longas horas que devotava à profissão, a ressentir-se do meu desejo, segundo ele "absurdo" de ter e ser muito mais. O apartamento que partilhávamos passou a ser demasiado pequeno para mim e começou a sufocar-me. Não conseguia ter um espaço para a minha outra paixão que é a fotografia e ver as caixas que ainda se amontoavam à procura a de serem arrumadas enlouquecia-me. Nada daquilo era eu, ou o que desejara para mim.

Estou a olhar pela enorme janela do meu novo lar. Tenho tudo o que desejei, mas o Jack já não está comigo. A vida é feita de testes constantes, e as pessoas que amamos nem sempre estão do nosso lado, para o bem e para o mal. Sei que ainda o vou amar por muito tempo, mas decidi que não poderia desistir de mim, que teria que me sentir completa e inteira para fazer os outros felizes. Passei a aceitar as viagens constantes, sou a mais requisitada na redacção, tenho o meu estúdio em casa, onde as fotos, as que tanto vão representando cada passo novo, já não estão em caixas.

Prometi que o meu interior conta mais e que não vou desistir de procurar alguém que me acompanhe sempre, que tenha o meu ritmo, que partilhe os meus desejos e sonhos, que se regozije com os meus triunfos. Até lá...

Nightmare jobs!

junho 15, 2013 0 Comments

Buy a sad tale, a Color Photography on Paper, by Federico Bebber from Italy, For sale, Price is $1690, Size is 39.4 x 27.6 x 0.4 in.


Is it possible to have a dream job, but with total shitty people along with it? Some appear to be in this planet only to make others lives miserable. They have no inner beauty, they can´t find no thread of humanity, friendship, or interest on others. It´s so sad!

We can have an amazing job, exactly the one we´ve been dying to have, but then come the others, and we have to learn how to deal with them, how to escape the futilities and their inability to relate. This is what the all world is about, fighting, making enemies, not being, only to be, if you know what I mean...

I just wish some jobs could come with enduring filters, something to put away bad drafts!