22.6.13

A esposa e mãe perfeitas!

junho 22, 2013 0 Comments

Será que isso existe realmente, e que deveremos querer atingir tal grau de perfeição?

O que poderá fazer de nós alguém perfeito, aos olhos dos outros, aos nossos olhos? Que abnegações deveremos ter, do que necessitamos de desistir, até onde precisamos de ir?

Já desisti de seguir fórmulas, padrões, preciso de ser a perfeita "eu", para permitir aos outros, aos que amo realmente, alguma normalidade perfeita.

Sinto que quando me vou deitar mais tranquila, foi porque concluí o que me propunha, porque me cuidei mais e por consequência cuidei dos meus. Se eu sentir a necessidade de parecer perfeita, todas as minhas imperfeições me deixarão triste, desiludida, e não preciso que isso aconteça.

Estou a acompanhar a série, "The perfect Wife", tem sido fantástico ver com uma mulher pode voltar a eclodir, a ser ela mesma, lutando contra o que sente, contra o que lhe pretendem impor, terminando os seus duros dias mais viva. Não devemos nunca, em momento algum, apagarmo-nos para iluminar o outro, porque se a luz dele ou dela nos falhar, tudo o resto parecerá ter sido em vão.

Acredito, cada vez mais, que os casamentos, as relações, só poderão resultar, se cada um tiver o seu tempo, espaço, desejos realizados. Se formos cuidados, e respeitados por quem escolhemos partilhar a vida, as quedas serão mais suaves, e reerguermo-nos será mais fácil.

Quando eu for perfeita aos olhos de alguém, marido ou filhos, já o terei conseguido ser para mim mesma!

Vem que te dou tudo...

junho 22, 2013 0 Comments
adult, anger, art
Feelme/Vem que te dou tudo...Tema:Contos!

O Jonas há muito que deixara de sentir a chama que outrora o impelia para a mulher. Casaram-se imensamente apaixonados, entendiam-se na cama como poucos, raramente estavam em desacordo e sabiam exactamente o que esperar um do outro, mas de há uns meses para cá...

- Estás a dizer que ela se fez a ti?
- Opá, no início julguei que estaria a fantasiar, ela é um pedaço de mulher, tem tudo no sítio, não me parecia possível.
- Mas e o que aconteceu, conta homem de Deus.
- Fomos jantar no fim-de-semana que a Ângela foi para Madrid e foi muito mais do que poderia esperar. Ela é incrível, inteligente, de conversa e sorriso fáceis, envolve-nos com facilidade, e tem um olhar...
- Estás caidinho, logo tu, sempre achámos todos que o teu casamento era o perfeito, o único que sobreviveria a qualquer tempestade. Chegaste a vias de facto?
- Sim, nessa mesma noite. Fomos para um motel, a sensação que tive foi que aquele não era eu, deixei-me levar pelos instintos, pelo desejo de a ter e quando a ouvi dizer - Vem que te dou tudo - deixei de raciocinar, o corpo dela é incrivelmente bonito, torneado, suave, enlouqueceu-me, estivemos toda a noite juntos, nunca parámos, ela deu-me luta e adorei a sensação triunfante de a sentir gozar.
- O que vais fazer agora?
- Vou contar à Ângela.
- Enlouqueceste?
- Não, decidi que quero mais, que a nossa relação não me basta, e não a quero andar a enganar ou a empatar. Ela também tem o direito de refazer a vida.
- Bolas que te deu com força, mas assim mesmo deve imperar o bom senso. Vê lá não te deslumbres.

A verdade é que não existem fórmulas secretas, nem maneiras mais ou menos correctas de nos conduzirmos. A vida é feita de escolhas e só o futuro nos revelará se foram as mais acertadas. Até lá é ir usando e abusando do bom senso, sempre que a mente o permitir...

Telefonemas que nos abalam por dentro...

junho 22, 2013 0 Comments


Aquele telefonema mudara tudo na minha vida, mas também me dera a possibilidade de deixar o passado para trás, de seguir, move on!

- Olá boa tarde, estou a falar com a Andreia?
- Sim, sou eu.
- A Andreia não me conhece, mas tenho algo para lhe dizer do Artur, nós somos amigos recentes e muito especiais.

Julgo que senti as minhas pernas tremerem e um milhão de coisas correram rapidamente pelo meu cérebro, tentando em vão descortinar o que significaria tudo aquilo, mas nem para mim, mulher de mente tão fértil, seria jamais previsível o que ouvi na esplanada do café que frequento.

- Quer um copo de água, está muito pálida.
- Um homem que eu não conhecia, por sinal com um aspecto bem agradável, percebia-se que era  culto e polido, acabara de me dizer que tinha uma relação amorosa com o meu ex-marido. Caramba!
- Não esteja à procura dos sinais, não se martirize, as coisas nem sempre funcionam assim e não significa que o Artur seja homossexual, poderá ser bissexual e nada do que tiveram antes esteve em jogo.
- Parece conhecê-lo muito bem...
- Apenas após a vossa separação, e sim, acho que o conheço bem e estou disposto a tê-lo comigo, ajudando-o a superar o que vem aí, eu sei que não vai ser fácil, mas conto com a sua ajuda. Vocês têm filhos em comum e nenhum dos dois irá querer vê-los magoados ou infelizes.
- Contam continuar a viver aqui?
- Eu já lhe propus mudar, tenho casa em Évora, seria um período menos conturbado e por lá todos me conhecem, aceitam e respeitam. Se ficarmos por cá, não terei como o proteger.
- Concordo!

Foi tudo o que consegui dizer. Saí dali com a cabeça a latejar, apanhada de surpresa, incrédula, buscando e rebuscando todo o meu passado com ele, mas em nenhum momento poderia ter suspeitado de algo assim. O que me restava agora? Proteger os meus filhos e por muito que me apetecesse gritar-lhe, despejar toda a minha raiva e incredulidade, senti-me de repente demasiado desapegada e sem qualquer interesse pelo que me poderia dizer.

Um dia mais tarde, quando o Paulo e o João fossem mais velhos, aí poderiam vir então a saber do pai, e quem sabe, como em muitas outras situações idênticas, ter com ele uma relação natural, sem constrangimentos.

Eu, por ora, teria que retomar o meu percurso de vida e cuidar-me o suficiente para não sair magoada disto. Afinal de contas, a vida é feita de escolhas, e ele já não é mais o meu marido, é tão somente o homem que escolhi um dia. É uma pessoa que fez escolhas, é um indivíduo e não me deve nada, já não!

Who matters the most?

junho 22, 2013 0 Comments




To this question, who matters the most, I have to answer, ME!


It´s been a struggle to learn how to let go of the past, not to hope too much for the future, but simply to live in the present. Dropping the things which harmed me, enjoying every single second of my present, learning about who I am, and what I expect, that´s my true fight.

I have to forgive myself every day for what I alouded others to do to me. I have  to learn to let go, and to simple enjoy the moment.

Who matters the most? It has to be me.

19.6.13

So much me now!

junho 19, 2013 0 Comments
Feelme/So much me now!Tema: In English!

I need you so much, I know there is nothing more I can do, but to search for the love I want and need from you!

Please come, please bring me you, give me the site of the man I once knew, and know is out there, somewhere.

All of me is wanting the all of you, your body, lips, the hair I love to touch, the sound of your voice, come honey, I need to touch you, to have you...

My all me could make you know, right now, how much you´re loosing, and how dark both our lives can be.

Stop running, I´m here, take me!

Isto de ser viciada em palavras...

junho 19, 2013 0 Comments


Se eu não fosse tão palavras, provavelmente já teria encontrado alguém, e quem sabe esse alguém até me faria feliz, mas insisto em esperar que do outro lado jorrem as palavras que preciso e quero ouvir, assim sendo...

Basta-me uma palavra fora de contexto, palavras atropeladas, mal ditas, que soam a algo inteiramente diferente, para que a minha pele reaja, para que todo o meu ser rejeite quem, com todas as suas capacidades, tenha a incapacidade de usar as palavras certas.

Por onde andará esse ser, se é que existe, que consiga fazer-me sorver sílabas, agradar-me com os seus sons, rever-me neles?

Preciso de alguém assim, alguém que, mesmo com outras prerrogativas, incluam mais esta, porque sem ela... nada feito, fico para aqui a falar e a escrever sozinha!

15.6.13

Quando uma mulher regressa...

junho 15, 2013 0 Comments
Feelme/Quando uma mulher regressa...Tema:Contos!
Imagem retirada da internet

Não tem sido fácil para a Ana voltar ao mundo do trabalho, mas sempre foi uma excelente profissional, e sabe que só precisa de se adaptar, de ganhar forças e de seguir em frente!

De propósito ou não, fazem-na sentir-se "velha", constantemente, deslocada, uma mãe. Olham-na quase que de soslaio.

- Como pode uma advogada tão brilhante desistir de tudo por amor?
- São escolhas minha querida.


Serão certamente, mas Ana considera-as agora burrices. Decisões ténues e tentativas fracassadas de passar apenas a servir os outros, de deixar de ter e de ser para apenas dar, e deu-se, aos filhos e sobretudo ao marido. Dos filhos não lamenta qualquer minuto, são pessoas admiráveis, seres humanos com carácter, respeitam a mãe, admiram-na e são, agora mais do que nunca, a bóia que a mantém à tona de água. Já do marido, do João, todos os minutos entraram pelo ralo, não permitindo que se aproveitasse o que quer que fosse. Aquela relação extra-conjugal fora totalmente inexplicável. Devotara-lhe sempre imenso respeito, não o imaginando, em nenhum momento, a perseguir menininhas, a querer algo que sustentou mais tarde como sendo para quebrar a rigidez da sua vida.

Ana sabe que jamais se perdoará e que se culpará para sempre por se ter remetido ao papel secundário. Deixara-o brilhar e em troca recebera muita dor e revolta.

Quando uma mulher tem que regressar, ao trabalho, à vida lá fora, por mais duro que seja, o que a move será sempre para a levar ao sucesso e para esta mulher não será diferente.

- Olá mamã, estás cansada?
-Um pouco minha querida, mas feliz e completa.
- Ganhaste o caso?
- Sim, mais um. Sabes minha querida, quero e preciso muito que entendas algo, faz-te sempre a mais importante, não te entregues ao que acham ser o melhor para ti sem dares luta. A tua felicidade é a razão pela qual te concebi e trouxe a este mundo, entendes-me?
- Sim, mamã, entendo-te muito bem e amo-te muito.
- Eu também, a ti e ao teu irmão, daqui até à lua!