24.3.14

Às vezes sinto...

março 24, 2014 2 Comments
53 portrait photography black and white women #blackandwhiteportraitswomen


Às vezes sinto de forma bem estranha, que consegui amadurecer ainda um pouco mais. A minha natureza conciliadora, a tranquilidade que passo aos outros e a forma como os consigo ver realmente, faz com que me procurem, mesmo que com o olhar, que se apoiem em mim e esperem que tenha sempre solução e uma palavra sábia. Os meus dias são passados assim. Logo que chego, tenho o cuidado de procurar toda a gente de lhes mostrar que são importantes na cadeia que criámos e que basta a ausência de um para que tudo se desequilibre.

Mesmo que alguns sejam mais problemáticos, temos de todo o tipo, mas sei como me dirigir a cada um e como poderei contribuir para que se sintam um pouco melhor. Já cheguei a ficar até mais tarde apenas para apaziguar alguns, para permitir que pudessem deitar para fora o que os atormentava, para os fazer rir... Às tantas é porque não tenho vida própria, mas não consigo deixar de me importar com quem me rodeia, de dar a cada um o pedaço de tempo de que necessitam, acabando também eu mais preenchida.

Sinto, sobretudo hoje que amadureci, que sou uma das mais velhas do grupo e que estou a servir para que cada coisa seja o que deve ser na verdade e que esteja no lugar certo!

22.3.14

Dizer o que sinto...

março 22, 2014 0 Comments


Feelme/Dizer o que sinto... Tema: Sentimentos!
Imagem retirada da internet

Dizer o que sinto, será que posso e devo?Talvez devesse esperar que soubesses ler nas entrelinhas, mas eu e a minha mania de usar as palavras com os meus sons, por vezes assusto quem as "escuta", no entanto já me arrependi mais do que deixei por dizer, do que daquilo que digo realmente!

Dizer o que sinto funciona bem para mim, só gostaria que me conseguisses ler como a um livro aberto, que estivesses de volta quando eu ainda ia para lá, que soubesses, sobretudo tu, quando estou feliz, triste, assustada, incapaz de funcionar, menos eu, que me tocasses para sentir a temperatura do corpo que te pertence...

Contigo queria não precisar de dizer o que sinto, porque já deveríamos ter falado de tudo, sabido de nós, sentindo-nos o bastante para que as palavras saíssem apenas e só quando fizessem falta!


Por tudo...

março 22, 2014 0 Comments

O que já passámos juntos, por saber que me entendes como te entendo a ti!



Sempre e de cada vez que o que somos se toca, que a metade que a tua metade reconhece se volta a unir, todas as dúvidas se desvanecem e o que esperava chega.

Se não nos amássemos já, depois de tudo o que conseguimos ter e ser, então jamais seria possível amarmo-nos realmente!

20.3.14

Primavera na Alma!

março 20, 2014 0 Comments
Já o sentiram alguma vez? Tudo lá fora pode até estar como o dia de hoje, nublado, mas a alma, essa, fica a brilhar, com um sol radioso, com sorrisos que não desaparecem, nem dos lábios, nem dos olhos!



Quando se consegue ter a sensação de que as peças se encaixam, que o que fazemos tem sentido, que o caminho só pode ser o que percorremos, a calma instala-se, a capacidade de filtrar o que não conta,o que não presta, o que não acrescenta nada de relevante, amplia-se e passa a dirigir-nos, a comandar-nos.

Hoje estou com carga a menos, totalmente absorta, mas sem qualquer inquietação. Já sei o que preciso de fazer, por mim, agora é tudo uma questão de agenda.

Vem aí a Primavera e com ela a renovação. Vem aí o período que me caracteriza, o tempo que reconheço e me faz voltar a "casa", chega hoje e eu já o senti!

16.3.14

Só me cabe a mim...

março 16, 2014 0 Comments


Só me cabe a mim decidir escolher e entender. Não gosto de não me poder rir, de não ter como usufruir do meu astral que quero sempre em alta, ignorando a vida que amo, porque ela me oferece cada uma das pessoas que estão no meu percurso. Gosto de mim, a maior parte do tempo, porque também me canso da minha velocidade de raciocínio e do querer com tanta intensidade, mas continuo a conseguir superar-me e a procurar o que ninguém terá que me trazer. Só me cabe a mim decidir, escolher e entender, porque a minha compreensão faz-me vir de volta quando muitos ainda estão a ir e é por isso que sou sempre eu a decidir, por ti também, quando entendendo que não sabes como o fazer. Os dias nunca poderão ser iguais, mas quando nos movimentamos em determinada direcção, só poderão avançar e nunca recuar, é assim que o entendo. 

Nunca cesso de me surpreender perante a capacidade de aceitar o que chega, e de continuar de cada vez que tenho que me afastar. Não sei se é porque me entendo e leio como ninguém, ou porque  simplesmente vejo o que ainda não chegou, mas me pertence.


Só me cabe a mim decidir, escolher e entender, agora e sempre!

15.3.14

Vou culpá-la!

março 15, 2014 0 Comments

Feelme/Vou culpá-la!Tema:Me!
Imagem retirada da internet
Vou culpá-la! À lua, até que me dá algum jeito, liberta-me de estar a sentir o que talvez não devesse, mas não tenho como evitar. Chegou a hora, até eu já o entendi. Se não estás comigo, ficas sem mim, descarto-te porque já te pedi demasiado, já me entreguei ansiosa e não te mostraste capaz, à altura!

Chegou a hora de voltar ao ponto de partida e de recomeçar. Certamente que existirá alguém que se consiga encaixar no que espero e preciso. O tempo, o meu tempo de luto passou, vou abrir a mente para estar, a cada dia, como me imagino e sei que mereço. A pessoa que me saberá ouvir, ler, aninhar, existe e eu preciso de a deixar chegar até mim.

São já quase cinco anos de avaliações, de lágrimas que me curaram e reafirmaram que eu tinha razão, que este era o caminho e que o que escolhi foi porque precisava de mim inteira, de conseguir ter em pleno a outra metade de mim.

Estive até hoje a lamentar que não sejas tu, mas talvez porque a lua chega amanhã em pleno, cheia de força, aceitei que o ciclo se fechará. Lamento, por ti!

10.3.14

Estás aqui?

março 10, 2014 0 Comments
Feelme/Estás aqui?Tema:Contos!
Imagem retirada da internet
O convite para o jantar e saída sem hora de regressar estava feito há duas semanas e durante todo esse tempo fui tentando fugir dele, ensaiando desculpas, mas o bom do Jorge não me permitiu vacilar e foi buscar-me bem antes da hora combinada.

- Achaste que eu não iria?
- Não te conheço já miúda?
- Não sei se estou preparada e tu melhor que ninguém o deverias compreender.
- Estás sim, todos nós olharemos por ti. Um dia terias que resolver esta situação e hoje é um bom dia, como qualquer outro.

Até nos meus sonhos eu tentava exorcizar o meu medo de o voltar a ver. Fora acusada de egoísmo, de não conseguir amar o bastante para o seguir até ao fim do mundo e a verdade é que não conseguira porque também gosto de mim, muito por sinal. Não o segui porque tenho vida própria e porque ficaria aqui, como estou agora, à espera que regressasse, mas entendeu que seria assim ou não de todo e acabámos a apagar, em segundos, após trocas de palavras bem amargas, anos de cumplicidade, tanto cuidado, tempo em que fomos apenas nós, mesmo quando meio mundo nos rodeava. 

- Terra chama Mariana.
- Desculpa Jorge, estava dentro dos meus pensamentos, bem dentro.

O que se passou quando chegámos foi bem para além do que eu poderia esperar. O Pedro não resistiu e mal me viu deu-me um abraço que me apertou até os sentidos, roubou-me o ar com o beijo pelo qual que ansiei noite após noite nestes últimos 8 meses. Senti-o estremecer e o mundo, os amigos que certamente nos estariam a olhar tão espantados quanto o estava eu, simplesmente desapareceram, deixaram de existir.

- Eu não sei ser sem ti, tu és a pessoa que faz tudo valer a pena. Sabes que te amo não sabes?
- Sim Pedro, sei e nunca deixei de te sentir. 

Nunca pensei muito no que seria ser lamechas, mas certamente o cenário o representaria muito bem. Duas pessoas bem crescidas a retomarem o que nunca deveria ter sido interrompido. Quando se quer alguém assim, tanto, de forma em que o que somos não conta se não a tivermos, os padrões, os formatos, tudo se esvaie e deixa de ter importância.