Não vou sem ti, não posso, nem quero estar onde não estiveres porque já és bem mais do que tinha e esperava. Não vou sem ti, até porque não teria para onde ir nem com quem. Não vou sem ti, porque a vontade de fazer alguma coisa, passaria, rapidamente. Não vou sem ti, recuso-me a ser a única, a que fica sozinha numa solidão auto-infligida. Não vou, não quero e não me imagino sequer a fazê-lo, porque ir seria desistir e sei que quando o fizer metade de mim irá contigo.
Escolhas, decisões, lemas de vida e cedências, tudo é analisado e repensado quando já não somos apenas nós. Escolher quem manteremos connosco, decidindo sob qual a melhor forma. Mudaronosso lema de vida, do "preciso" para o "tenho" e pretendo mantê-lo. Ceder, uma e outra vez, até e sobretudo perante nós, porque cada dia será um novo dia para analisar e reavaliar.
Não vou sem ti, já cheguei aqui e pretendo permanecer!
O amor é assim, chega sem que se saiba porquê e vai-se quando entende que ficar não adianta!
Quando o amor acaba, quero acreditar que pelo menos começou e esteve da forma certa, enquanto ser certo se justificava. Quando o amor acaba, nada do que peças, desejes ou teimes em ver, poderá alguma vez voltar. Quando o amor acaba, certamente que se esgotaram as tentativas e as expectativas deixaram de existir e de fazer sentido. Quando o amor acaba, pouco haverá mais a dizer e tudo o que sobrou ficará para um outro.
O amor é assim, tem vida e vontade próprias e deseja muito para além do desejo como o conhecemos. Sabe-nos sempre ao melhor sabor do mundo e quando já não está, partimos com ele para parte incerta, sem sabermos quando voltaremos e de que forma. O amor é assim, tem tantas faces, olhares que apenas que se cruzam com os olhos certos e uma alma que raramente entendemos, até porque se mistura de forma desenfreada na nossa.
O amor é assim e nem eu com todas as palavras que uso, alguma vez poderei dizer tudo sobre ele e sobre o efeito que tem nos afortunados que escolhe!
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.