7.11.16

Não estou escondida!

novembro 07, 2016 0 Comments
black and white + photography + shadows + silhouette | Julie de la Playa

NÃO, eu nunca me escondo, recato-me. Passo despercebida sempre que posso, procuro a sombra no meu sol, para poder ser eu, sem julgamentos e sem análises. Resumindo, ainda sou um pouco bicho do mato. Sim e depois?

A forma como me mostro ao mundo é um pouco como esta imagem, consegue-se ver um pequeno esgar, lábios que apetecem, mas olhos que se recatam, que preferem apenas olhar para o que possa ver realmente. Agora, mais madura e dona de mim, também consigo expôr-me, quando não houver outra solução, e faço-o parecendo que domino tudo e que sei do que falo. Mas a poder escolher, prefiro que apenas vejam algumas metades. Se não me souberem estimular, então peço que me deixem ir, que não me travem os passos, porque se arriscam a momentos de alguma prepotência. Sim, eu conheço-me o suficiente para saber que nem sempre sou fácil, que julgo e espero demasiado dos outros, pois, temos pena, é que eu dou demasiado a quem o merecer, daí a exigência.

Não se trata de estar escondida, trata-se de não precisar de reconhecimento ao segundo. De não esperar que me esperem o tempo todo. Trata-se de viver e deixar viver, é muito mais simples e fácil de seguir.

Sou um ser que armazena energias positivas para as ir consumindo, quando os mal dispostos crónicos se cruzarem comigo. Tem que haver PACIÊNCIA para esses, mas eu ainda tenho pouca. Avizinha-se algum trabalho e mais determinação nos resultados, mas quem sabe não chego lá...

6.11.16

Um pé de cada vez!

novembro 06, 2016 0 Comments
Resultado de imagem para mulher a escalar montanha


Somos todos diferentes e únicos e é a diversidade que faz a qualidade. Por isso é que eu já aceito quem és!


Aceito os que apenas mexem um pé quando o outro o autoriza. Aceito os que têm medo até da sombra. Os que afirmam não gostar de uma comida que nunca provaram, baseados no aspecto, na cor e no cheiro. Já aceito que a força nasce connosco e que para alguns nunca chegará.

O que seria do amarelo! O meu azul pode ser o teu verde, mas juntos fazem uma cor completamente diferente. Não temos que ser iguais, nem sequer parecidos. Não precisamos de olhar para as mesmas paisagens, porque delas depende o lugar onde estamos. Não temos que ter vivido a mesma infância, feliz e mágica, para sabermos como sonhar.

Eu não tenho que ser o teu modelo, apenas a tua melhor amiga. Não precisas de me imitar, tens que ser único e escolher o teu lugar, eu estarei onde estiveres tu, mesmo que deste lado, porque é isso que fazem os que nos recebem no coração.

O nosso recomeço veio como um enorme presente, porque acabei a sentir, no agora, o que deveria ter chegado, no antes. Senti tranquilidade, e certezas, as que me disseram que só me tenho a mim, sempre e que o que receber a mais será bem vindo. Mas o alimento é meu, a procura é minha, o trabalho e a manutenção da minha felicidade são da minha responsabilidade.

Eu também estou eu a mover um pé de cada vez, mas só no que respeita a ti, porque no resto da minha vida, sou a que corro, a que galga barreiras e rasga novas fronteiras. Eu sou a nunca terão forma de segurar!

Se te sentes bem, passas o melhor!

novembro 06, 2016 0 Comments



Se te sentes bem, passas o melhor aos outros. Se pelo contrário a tua vida balançar. Se as tuas prioridades não se definirem, BOM, acho que todos sabemos o resultado!


Por norma dou comigo a travar batalhas que nem sempre venço, que me provam o quanto sou mortal e de que forma controlo muito pouco. Mas também vão servindo para me permitir continuar em frente, para me reajustar e repensar as estratégias. Não sou, nem de perto nem de longe, sabedora de todas as respostas, tento, mas vai na volta dou comigo a "gatinhar", a arrojar-me no chão frio, sempre que não acerto sempre e de cada vez que leio e interpreto de forma errada.

Acredito no entanto, que se não fosse desta forma, se não fizesse por levar a minha avante. Se não persistisse quando a vontade por vezes é desistir, os resultados não seriam os mesmos e eu acabaria a lamentar-me. Isso já não faço. Penso, determino como e vou em frente, não tenho sequer alternativa, porque no final de cada dia, o balanço é feito por mim e apenas a mim presto contas.

Não queiram ver de que forma eu e eu mesma nos acertamos. Ui, por vezes é feio, não rolam cabeças porque só tenho uma (nestas alturas fico com pena de não ser homem), mas ainda derramo algum sangue. Posto isto, opto sempre por "nos" apaziguar, é que se uma já é difícil, imagem duas iguais!

Não sabes, nem saberá ninguém!

novembro 06, 2016 0 Comments
Praias                                                                                                                                                      Mais:



Não sabes, nem saberá ninguém, de que forma estou a cada dia, nem o que planeio na minha mente intranquila. Tenho sempre tantos sons e ecos, penso demasiado, questiono até a forma como respiro. Não me sossego e não paro de me mover.

Sinto forte o meu percurso. Olho-me bem dentro e consigo entender-me melhor. Sei o que NÃO quero, viro a página e aprendo com cada tropeçar, fugindo do que não me faz feliz e duvidando sempre que o meu coração se inquietar. Aprendi a escutá-lo e a saber o que o mantém com a força que me passa ao sangue que corre veloz e me alimenta.

Não sabes, nem mesmo tu o que sinto sempre que não te consigo sentir. De cada vez que duvido do que serás realmente e de que forma me poderás trazer mais do que sou já. Não o sabes porque não me conseguiste ter e porque me tenho escondido para não te assustar. Não te incluo para não te perder, outra vez.

A minha intensidade impede-me de sossegar, voando para não caminhar e correndo porque o chegar é a sensação que quero guardar. Olho as minhas mãos, cada pedaço do corpo que me trouxe até aqui, e sinto a força que me mantém em pé mesmo quando me apetece enrolar-me em mim e desistir. Tu não sabes quando rezo a quem me segura firme e me faz continuar, mesmo quando grito por dentro. Mesmo quando o medo me gela as entranhas e me paralisa por segundos, os que bastam para que não queira estar aqui, assim. Para que dê a volta, suba a montanha e sinta os pés sangrarem, mas a levarem-me até onde sou sempre a que conheço.

Se não fosse esta. Se não me ouvisse realmente. Se não me conseguisse perdoar pelo que me impedi de ter, não me saberia, tal como não o sabe ninguém ainda. Se continuar a ser esta, a mulher que exige que a amem na proporção do que amará sempre, da única forma que vale a pena. Se continuar neste percurso, quem sabe não te trarei de volta!

Rendo-me. Aceito!

novembro 06, 2016 0 Comments




Rendo-me. Aceito! Não sei nada da vida, estou demasiado crua. Não entendo os sentimentos e a forma como irrompem. Como de repente, num segundo, se diz o que o outro esperava ouvir, se toca no único lugar que poderia ligar todos os botões que se interligam em milhares de circuitos e depois, depois o céu revolve-se, as nuvens juntam-se, troveja, violentamente e a chuva cai impiedosa, acordando-nos, molhando-nos o corpo e a alma, recordando-nos que é aqui, neste pedaço de Universo, que tudo a que temos direito chegará.


Rendo-me, afinal a minha aparente segurança, o controlo que acreditava ter, a redoma onde me fechei, nada, mas mesmo nada me consegue proteger de mim mesma. Eu senti, tal como tu, que afinal existem metades de nós. Num qualquer lugar, está alguém que nos completa e todas as palavras que usamos chegam sonoras, com sentido, a quem as precisava de ouvir.

Senti-te, o teu tom entrou tão dentro de mim que acabei a fazer amor contigo. Tive-te de mansinho. Senti cada pedaço de toda a vida que já te acompanha, que não conheço, que não partilhei, mas que faz de ti a pessoa que acabei a ter.


Não sei nada, nem mesmo eu, a que tanto se esforça por controlar, por ordenar que as águas corram sempre no mesmo sentido. Não sei quem ainda me poderá fazer crescer mais e entender, a cada dia, que sozinha não sou a mulher que preciso, porque estes últimos anos da minha vida tão pouco vivida, e estou a contá-los sim, estão a ser de revelação. Cada um tem servido para me entender um pouco mais por dentro. O que gosto, como quero, do que preciso, que corpo me acompanha e de que forma o ligo.


Fizeste-me sentir tão mulher, mas tão vulnerável que me apeteceu pedir-te colo. Desejei poder estar onde me tocasses, no lugar onde o teu olhar acompanharia a voz que me fez estremecer e fraquejar das pernas. Não sei quem és, não vou procurar, estou oficialmente assustada, comigo e com a necessidade que afinal tinha de que viesses. Vou parar agora, porque de ti e por ti as palavras não se esgotam. Não me vou alongar, vou sair de mansinho, sendo cobarde e cheia de receio de quem és!

Feelme, sente-me!

novembro 06, 2016 0 Comments

Feelme, sente-me! Nunca o título do meu blog fez tanto sentido! Tive quem me conseguiu sentir, quem olhou para mim e me viu, por dentro, por fora, como sou e sobretudo no que me posso tornar. Não foi o que sempre pedi? Fui amada com cuidado e com desejo também. Tive-o inteiro, tive o seu cheiro até se entranhar para custar a sair. As suas mãos procuraram cada pedaço do corpo que diz gostar e senti-me mais mulher em poucas horas, do que em 5 décadas de existência. Até eu mesma percebi de que forma posso ser e querer mais. Ri de felicidade e de algum embaraço perante a falta de amadurecimento no que toca ao amor e aos sentimentos que realmente importam. Saí dele tão preenchida que pareço não ter espaço nem sequer para pensar, no entanto e sobretudo agora, muito terá que ser verdadeiramente pensado, analisado e percebido, porque não me vou dar mais tempo para continuar a caminhar no percurso proporcionalmente inverso ao da minha felicidade.

Sente-me - Foi o que me pediste e eu permiti que sentíssemos os dois.

Quando paramos de avaliar, de analisar sentimentos e as pessoas que os carregam, tornamo-nos mais livres para usufruir. O prazer vem na proporção do que fazemos por merecer. O prazer recorda-nos, a casa segundo, porque razão estamos aqui. O prazer é deixar que os corpos se reconheçam, sem medos.

Hoje senti-te como és e fui eu mesma como sou e sem qualquer dúvida ou receio. Hoje assegurei-te, com cada estremecer do meu corpo, de que estiveste à altura!

5.11.16

Amar demais!

novembro 05, 2016 0 Comments


Amar demais! Rebobinei o programa da SIC para ver a última parte na qual dois bloggers já notáveis, que por acaso até são um casal, falavam sobre este tema. Quando e como se ama demais? É interessante de analisar e uma verdade que todos nós, algures na nossa vida, já amámos bem mais quem apenas nos devolveu migalhas. Teríamos consciência? Acredito que sim que o sabemos, por algumas palavras, por gestos e pela falta de envolvimento, que estava a ser uma relação unilateral, que nos magoava na maioria das vezes, mas que escolhemos camuflar.


Quando se ama demais, nunca termina bem, nunca nos deixa de alma cheia e de coração preenchido e é no mínimo triste. Já não tenho como amar demasiado agora. Já sei que o que não me deixa feliz, não serve. Claro que existirão obstáculos, ajustes e muita cumplicidade será necessária para começar de novo, para saber do outro e de que forma se pode encaixar em nós, mas isso não significa que tenhamos que nos anular, que deixar de ver e que aceitar tudo.

Qual será a solução para evitarmos cair em situações destas? Simples, comecemos sempre por nós primeiro, gostemos muito de nós e cuidemos do nosso coração para que possa ser cuidado e respeitado pelo outro. Assim nada poderá correr mal!