Se nunca mais te tiver...
Sue Amado
novembro 26, 2016
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Temos falado, mais do que o habitual, tu porque me tentas manter por perto, porque dizes que te alimentas de mim e respiras do meu ar. Eu porque me sabe bem ser gostada e desejada por ti. Sabe-me bem ouvir-te partilhar os teus dias que certamente me incluiriam inteira se eu o permitisse.
Fico algo incomodada, sem saber muito bem como reagir, quando e sempre que me olhas de forma tão intensa que pareces conseguir ler os meus pensamentos. Nós temos a chamada relação improvável, gostamo-nos, fazemo-nos bem, sentimos de igual forma e reconhecemos que o nosso espaço e tempo são demasiado preciosos para que qualquer um de nós dois não esteja por perto.
Não é a ti que amo, não da forma que esperas e desejas, mas tenho-te um carinho que ultrapassa o compreensível. Tenho-te um amor só meu, que apenas eu entendo e que desisti de explicar, sobretudo a ti com quem já tive corpo, beijos que me envolveram e quase me fizeram acreditar que poderia ser...
Estou empenhada e determinada em te manter, em nunca deixar de te mostrar que já estás na minha vida para ficar. Sei que o estarei até quando permitires que outra mulher te arrebate esse coração cheio e inteiro que possuis e no qual falho em me envolver.
Não sei como irei viver depois. Não sei como te tirarei de mim. Não sei como conseguirei rir sem as tuas gargalhadas limpas e fortes. Sem a boca que sempre encontra forma de me por para cima, para realçar o melhor de mim. Se nunca mais te sentir, respirar irá tornar-se bem mais difícil. Os dias estender-se-ão e eu passarei apenas a sobreviver, já o sei porque o sonhei e porque me arrepiei perante a ideia de nunca mais ser a mulher que te mudou por dentro e se mudou no processo.
Oh coração empedernido, acorda por favor e ama de volta quem fará de mim a mulher que até já sei que existe!