17.12.16

Hoje!

dezembro 17, 2016 0 Comments
momento preciso!:


Hoje tem sido daqueles dias em que tudo o que digo, e a forma como vivo, passaram a fazer ainda mais sentido. Hoje percebi, mais do que ontem, porque eu sou das que faz questão de crescer, dia após dia, que o que preciso e peço acaba sempre a chegar. Hoje revi os amores e as dores que me provocaram, mas também ri de todos os risos que cada um foi capaz de me arrancar. Hoje fui grata aos olhares, aos choros, aos começos atribulados, aos receios infundados e até aos medos que disseram sentir de mim. Hoje fui grande e senti-me sem qualquer pudor, grande porque se não me souber ler e entender, ninguém, nunca, em momento algum o irá fazer.

Por vezes fui demasiado cautelosa e outras de uma entrega que me surpreendeu. Por vezes não me atrevi a olhar duas vezes, mas numa outra, talvez a primeira, fui tudo, dei tudo e senti tudo. Por vezes não soube como me fazer explicar e outras, expliquei-me demasiado quando na realidade sou apenas o que tenho, o que mostro e o que sinto. Por vezes fui eu mesma que me magoei, mas continuei a ser a que sabe o que fazer e quando me sarar. Por vezes pareço fria e obstinada, mas sei, tal como o senti hoje, que o que passo bem de dentro é tudo menos frieza.

Hoje escrevi todos os passos que percorri e soube, com toda a certeza, que este foi o meu ano de revelação. Este ano cresci emocionalmente 20 anos. Este ano fui preparada para um amor maior e sei que quando ele entrar, eu estarei pronta para o receber. Hoje ainda não consegui parar de me felicitar pela capacidade que tenho de sobreviver a tudo. Hoje passei a gostar ainda um pouco mais de mim, porque não tenho nada por resolver, nenhum amor por apagar, nem sequer palavras para usar com quem se silenciou. Hoje, todas as pessoas que de uma forma ou de outra passaram pela minha vida, ficaram no lugar certo, aquele que sempre reservo a quem não voltará a ter-me. Hoje fechei mais umas quantas portas, como faço sempre que entendo e preciso, mas abri uma nova. Hoje recomecei mais um dia, o primeiro de muitos que terei e dos quais poderei falar, sem reservas nem vergonha, porque tudo o que sempre dou, é genuíno. Hoje senti a liberdade e a leveza que apenas conseguem os que não deixam nada por fazer.

Amar demais!

dezembro 17, 2016 0 Comments
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Será que se pode amar demais? Fará mal e deixar-nos-à mais fragilizados? Será defeito, ou insegurança camuflada?


O amor não vem com doses recomendadas, mas poderia conseguir-se dosear, deixando-o na medida certa para cada uma das partes, não matando por dentro nem não arrastando desejos que não se controlam. O amor deveria vir com um botão de emergência, para que sempre que pisássemos o risco, ou a fronteira do bem-estar do outro, o pudéssemos accionar.

Não me parece que seja errado ter quem nos ame demasiado, até porque nem sei o que isso significa. Se eu não for capaz de absorver um amor intenso, inteiro, totalmente devotado a mim, então de que espécie de amor preciso para ser feliz? Desejar que o outro nos pertença, esteja por perto e partilhe cada segundo, não é errado nem difícil de entender. Querer dar e receber colo, envolto em milhares de beijos e palavras repetidas até à exaustão, é mais do que legítimo e desejável. Andar por aqui a tentar recuperar o tempo que perdemos sem amor, amando de forma gigantesca e de igual entrega, é um privilégio.

Para os que recomeçaram, ou para quantos se conseguiram manter, com o amor que criaram, mas souberam fazer crescer, espero que se amem DEMAIS, sempre que o dia vos permitir. Amem e digam-no. Amem e gritem-no. Amem e façam-se sentir. Amem, amando tudo o que o outro representa para vocês. Amem e considerem-se os seres mais afortunados do planeta, porque apenas amando valerá a pena continuar.

Quando voltar a amar, quero que seja muito, tudo e demais.  Quando voltar a amar, se for a ti, não me refreies, usa e abusa de TUDO o que reservei para ti!Amar demais!

Quero saber tudo!

dezembro 17, 2016 0 Comments


Todas as relações têm estágios e patamares que terão que ser atingidos. Todas as relações passam por momentos de mais questões por resolver e de lugares que assustam só de os pensar. Há muito que não precisava de me esforçar para estar onde me desejassem. Há muito que não tinha que dizer e ser o que esperam de mim. Era uma posição de conforto, de escusa perante o viver em pleno, mas agora vai ter que mudar.  Se eu quiser avançar. Se eu continuar a querer ser cuidada, vou ter que cuidar da mesma forma.


Tantos medos para libertar, afugentar, tantos "ses", que me tolhem os movimentos, e assim acabo a recusar-me a mim mesma a possibilidade de ser feliz e de permitir que me amem da única forma que concebo, MUITO!

Quero saber ao que sabe o amor do homem que me ame, a mim, por mim e comigo toda. Quero tudo agora, muito do muito que ainda vai vir. Quero parar de pensar no quando e apenas pensar no como. Quero que me queiram sem esforço e sem terem que se manobrar demasiado para que eu tenha o lugar que me pertence. Quero acreditar no para sempre. Quero olhar, ver e saber que fui olhada no mesmo momento. Quero que seja simples, tranquilo e natural. Quero conseguir acreditar em tudo o que me diga e prometa. Quero ser a escolha segura e não a opção envolta numa necessidade de amor imediato. Quero que comece quando for certo e que nunca se vislumbre o terminar. Quero poder ser louca e destemida. Quero que entenda os meus medos e vergonhas sem julgar. Quero que me ensine a ser melhor e a fazer-lhe o melhor. Quero ser a mulher que sonhou e que a realidade lhe ofereceu.

Quando uma mulher acredita num homem e o ama para além de tudo o resto, a vida e os sabores do mundo mudam e encaixam-se. Quando uma mulher como eu ama um homem, ele nunca poderá ter como duvidar...

Aqui vai a minha carta!

dezembro 17, 2016 0 Comments
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Não me lembro de ter escrito cartas ao Pai Natal quando era pequena. Nem sequer sei se tive sempre o que pedi, mas certamente que não era tão exigente quanto me tornei. Mas já que estamos na época de boa vontade, seja lá o que isso significar, vou-me armar em crente e escrever a minha!


Querido Pai Natal,

Este ano não te livras de mim. Há muito que achava que não existias, mas ultimamente tenho visto tanta coisa a acontecer para o lado de quem NUNCA nada fez para ser, que só podem estar a recorrer a alguém parecido com o que deverias representar. Se é suposto concretizares sonhos, então penso que já terá chegado a minha hora. Sei que nem sempre me porto bem, mas na maioria das vezes sou TÃO certinha que até os pássaros adormecem em pleno voo. Não vou ser exagerada, nem sequer querer que me tragas a lua. Não vou fazer-te correr muito, mas certamente que terás que puxar de alguns coelhos da cartola, porque o que quero não parece existir por estas bandas. Não vou exigir-te demasiada pressa na concretização do único pedido que me lembro de te ter feito, mas se não te importas acelera as renas, porque começo a temer ter que me mudar para a Lapónia.

Espero que tenhas algumas listas de recurso. Espero que te tenham sobrado homens de alma grande, daqueles que não se deixaram amargar e que continuam a acreditar que para terem deverão dar. Espero, sobretudo de ti que tanto conheces do mundo, que tenhas guardado um que saiba como olhar para cada uma das rugas que a minha sabedoria aumentou, como sendo um sinal de que já não pretendo brincar, fazer experiências ou sequer usar. Espero que não tenhas que pensar muito e que acredites, tal como ainda o vou fazendo, que o melhor fica sempre para o fim. Espero que não aches, também tu, que sou demasiado para ter quem me baste e saiba como ficar. Espero que sintas, através da minha carta, que não é com desespero que te escrevo, mas apenas com a vontade de que pelo menos consigas entender o que espero conseguir ainda nesta vida. Espero que me conheças realmente para que não tenha que descrever, com demasiado rigor, quem se encaixaria em mim, no que sou e preciso para ser ainda mais. Espero que abras uma excepção porque já há muito deixei de ser menina, mas a mulher também precisa, nos momentos mais frágeis, de quem saiba que ela continua a ser a mesma, apenas num corpo diferente e numa alma engrandecida.

Obrigada desde já pelo teu tempo. Vou ficar à espera de que pelo menos tu me respondas e transformes o meu Natal no primeiro de muitos que terei quando receber quem preciso.

Bom trabalho,
Sue Amado


16.12.16

Pedir!

dezembro 16, 2016 0 Comments
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Ensinaram-me que quando pedimos, devemos fazê-lo com todo o preceito, por isso, eu já pedi, com todas as vírgulas e acentos. Agora o Universo que não se faça de parvo e que me mande um assim.

Eu juro que agradeço!

Fui mesmo...

dezembro 16, 2016 0 Comments
if he loves you... he would prefer to dance with you.. even if you don't dance well at all. And you would feel safe and capable in his hands...:


Será que são passos de bebé? Eu não quero arriscar muito mais porque não me apetece cair de cara no chão. Não me apetece acabar a perceber que já não terei como recuperar o tempo que me deixei roubar. As "meninas" massacraram-me tanto e quase que me chamuscaram a beleza, por isso fui. Desisti de dizer que não, que não me achava capaz, no entanto correu bem. Fui eu mesma, diverti-me IMENSO, como já não me lembrava e senti que afinal ainda estou viva, respiro, sinto e conquisto.

Não precisei de muito esforço para ter uns quantos olhos a cobiçarem o que até sei que tenho. Quando me movo ao som das músicas que me ligam todos os botões, parece que mudo de corpo e passo a ser a mulher que sente ainda com mais intensidade. Eu sinto que vibro com cada toque, cada som e olhar. Transformo-me e gosto da sensação.

Tive-o bem perto, quase que conseguia sentir a sua respiração, a música era suave, mas eu dançava sozinha, no ritmo que me impunha a mim mesma. A pista estava cheia e a proximidade era inevitável. Foi procurando o meu olhar e quando finalmente o permiti, pareceu entrar bem dentro de mim, como se me quisesse ler, perceber quem eu era e porque estaria ali.

- Não és uma visão, já vi o teu sorriso e estou a cheirar esse perfume que me acende.

Não falei, não teria o que dizer, mas fui deixando que o meu corpo o fizesse por mim. Estava a mexer com ele e sentia-o. 

- Estás a enlouquecer-me, sabes isso?

Soube-o logo depois, quando as suas mãos fortes me enlaçaram pela cintura e a sua boca aterrou na minha num beijo que quase me fez perder as forças nas pernas. Não me consegui impedir de estremecer, mas soube desligar o descomplicómetro. Permiti-me sentir e gozar de sensações que já guardara há muito para não me magoar, para poder controlar e continuar o meu percurso.

Não quero pensar muito no que tive sem pedir, mas vou-me oferecer o que me deixa bem, mais vezes. Se me muda e faz sorrir, só pode ser bom e não adianta fingir que não percebo!