21.1.17

I will always love you!

janeiro 21, 2017 0 Comments
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Estava a ouvir no carro a lendária música da Whitney Houston, "I will always love you" e inevitavelmente pensei em ti. Bem, na verdade apenas vieste mais rapidamente à ideia porque nunca sais dos meus pensamentos, nem de mim, apenas saíste da minha vida e das minhas escolhas. Vai-me restando o consolo, algum, o de saber que não sou nem serei a única pessoa que ama e amou sem retorno. As pessoas por vezes não se reconhecem e é tão somente isso!

Metade de mim grita-me que deveria ter lutado por ti, que te deveria ter arrancado do marasmo emocional em que sempre viveste, mas não me quis impor demasiado. Quis-te por inteiro. Quis ser a tua primeira escolha e não entendi a tua incapacidade de decidir, de lutar e de te entregares a um amor maior do que a tua compreensão. Assustei-te, deixei-te desarmado perante o "fogo" da minha vontade de ti. Acredita que nem eu mesma me sabia capaz de amar assim, com esta intensidade. Foste a minha descoberta, a minha revelação, a minha outra metade, o que mais desejei sem ter procurado e o que acabei a não ter.

"I will always love you", já é um facto e já não dói, mas corrói. Não dói, mas impede-me de continuar e de desejar um outro amor que me sei capaz de dar. Eu também espero e desejo que a vida te trate bem e que tenhas tudo o que desejas, mas que te dê sobretudo Amor, um Amor que te permita entender o que sempre senti por ti, que te ensine algo sobre o querer, o desejar e o ter do outro lado quem importa mais do que nós mesmos.

Eu sei que é por te amar sempre e desta forma, que desejo, sinceramente, que possas, um dia, vir a sentir a melhor sensação do mundo, a que tudo faz girar, a que nos dá forças onde por vezes não existem. O amor mudou a minha vida e o meu rumo. O amor mudou-me a mim. Uma vez que já sei que te amarei sempre e para sempre, vou esperar que um dia, ainda na vida que te falta viver, consigas encontrar alguém a quem possas amar como te amam a ti. Eu!

Engraçado!

janeiro 21, 2017 0 Comments
O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.- Aristóteles:



Não deixa de ser engraçado, agora e para mim, quando analiso alguns comportamentos e percebo que estou a anos-luz de muitas almas!

Tanta gente ainda zangada com a vida, transpirando uma arrogância e azedume inexplicáveis. Eu já fui essa gente. Eu já cheguei a destilar impaciências e a exigir que me deixassem em paz, a ser o que sabia ser melhor. Não deixa, realmente, de ser engraçado perceber que não preciso de "gritar" para ser ouvida, é MUITO mais fácil deixar ir, largar da mão e manter-me no meu espaço, disponível para quem quiser usufruir do que tenho.

Engraçado o meu grau de tranquilidade neste momento. Engraçado, como acordo e adormeço tão Zen, talvez exausta pela energia do meu cão. Engraçado como nem metade do que me afligia chega a beliscar-me. Engraçado, como deixei, de vez, de perguntar o que nunca me foi respondido.

Tomei consciência da minha mortalidade. Percebi que as minhas forças irão, eventualmente, falhar. Aceitei que apenas terei o que for capaz de construir no agora e que comigo apenas permanecerão os que me reconhecerem. Larguei as dúvidas, as que pairavam pelo meu excesso de exigência. Estou, finalmente, a usufruir de mim, a entender porque e como me movo e a não correr quando afinal posso caminhar, solta, tranquila e em paz.

Não deixa de ser engraçado perceber o que afinal sempre soube, mas andei a fazer o percurso ao contrário. Levei mais algum tempo, mas finalmente cheguei!

20.1.17

Nos meus olhos!

janeiro 20, 2017 0 Comments
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Nos meus olhos consigo ver para além do que sentes! São os meus olhos que te guiam, estimulam e fazem sentir mais confiante. Quando te sentes mais inquieto, procuras por eles. Os teus ficam pequeninos, gritam pelo meu cuidado e pelo apoio que nunca te recuso. Os meus olhos falam, sempre e as palavras que te devotam são bem mais ricas e completas, porque são da alma, são claras e são de mim para ti.


Foi quando te olhei pela primeira vez, que te apaixonaste. Foi quando te olhei, porque te vi, que conseguiste perceber, para além do normal, que era eu e que seria sempre eu, a mulher que saberia como te cuidar e a que nunca te deixaria sem um sorriso, ou sem um olhar.

Nos meus olhos estão as certezas de que olharei sempre bem dentro dos teus, para te reconhecer, para te entender e continuar a querer como já aprendi a fazer. Nos meus olhos estou eu toda, sem defesas, livre do que pensam os outros e focada apenas em ti. Nos meus olhos, os mesmos para os quais não te cansas de olhar, estão as respostas ao que quer que precises de perguntar.

Deixámos de nos controlar. Passámos a comunicar sem palavras, mas dizendo bem mais do que qualquer uma poderia. Encontrámos um meio e um formato que nos assenta e é nos meus olhos que os teus repousam e te sossegam. Paraste de duvidar e escolheste não ter que esperar. Cheguei, estou aqui e não vou a lugar nenhum, não sem ti e nunca para longe de ti.

Nos meus olhos agora estás sempre e apenas tu. No seu reflexo e em tudo o que escolhem ver, surges como a única opção e sendo o que preciso de ter e de sentir. Nos meus olhos está o tamanho do amor que te tenho e eles não enganam, não a quem os sabe ler!

A tua boca na minha!

janeiro 20, 2017 0 Comments


Quem me dera que a noite nunca tivesse terminado, porque com ela a minha boca esteve de onde nunca quer sair, na tua!

Quem faz sentido e quem nos entra dentro, traz-nos as sensações que valem a pena e que permanecem, mesmo depois de nos termos largado, de corpo, mas nunca de alma. Quem nos muda e consegue trazer-nos de volta ao único lugar em que nos sentimos, INTEIROS, outra vez, tem que ficar, porque de outra forma nada mais fará sentido.

Estar na tua boca é respirar contigo, é sentir o que sentes, trazendo para mim tudo o que é teu. Estar na tua boca, beijando-te como só poderia por te querer, assim. Estar na tua boca e saber que me tens na tua com o mesmo sabor, na mesma intensidade e com todo o desejo que sempre fica para os que arriscam.

Quantas vezes, e por quanto tempo, duas pessoas conseguem fazer mesmo sentido, tendo o que querem ambas e sendo o que conseguem uma para a outra? Quantas vezes as bocas se conseguem encaixar, perfeitas, gostando do sabor, da forma e do formato? Quantas vezes o que se é passa para quem passará a ser?

Deixa-te ficar na minha boca mais tempo por favor. Impede-me de falar e de pensar. Deixa-me apenas ter-te da única forma que sei seres meu. Deixa-me ter o teu beijo até que te peça para parares, até que me doa a boca e se me sequem os lábios.

Ter para sempre a tua boca na minha, seria saber que nunca pensarias em mais nada ou alguém. Ter para sempre a tua boca na minha, faria de mim a TUA mulher, como me vejo e preciso de ser vista. Vem agora e beija-me como sei que consegues, mas depois fica para sempre!

18.1.17

A um dia do dia...

janeiro 18, 2017 0 Comments
I think this picture is very Beautiful!!! I love the deep ness of her eyes!!!:


Estou a um dia do dia em que há um ano atrás todos os meus dias parecem ter sido sugados para uma nova dimensão. Lamentos? Arrependimentos? NENHUNS. Nunca consigo arrepender-me do que faço com total convicção e seguindo uma linha com sentido. O que eu desejo, o que quero, mesmo, para mim, leva-me a percorrer montes e vales para lá chegar.


A vida passa tão rapidamente, que é quase impossível não analisarmos o que nos chega, e a nós mesmos, sem pesar e medir o que fizemos, mas também o que deixámos por fazer. A vida encarrega-se de nos dar o que tanto parecemos pedir, talvez não da forma mais certa, por nos sabermos incapazes de anunciar o futuro e querendo, somente, usufruir do presente.

A um dia do dia em que jamais, em momento algum, acreditei conseguir ser capaz de me virar do avesso para amar quem parecia saber amar-me. Os balanços são comuns em pessoas como eu, porque gosto de entender os porquês até do que não se explica. O meu balanço é incrivelmente positivo e sei, hoje mais do que ontem, que teria que ter vivido cada experiência e sentido cada lugar, olhar, dor e prazer, para chegar até aqui, ao dia em que seria capaz de sentir saudades do que já foi meu.

O ano que nos deixou foi um dos maiores e mais intensos da minha vida. Acreditem que sei do que falo, eu a quase extremista e a que viveu sempre tudo a uma velocidade estonteante. O ano que ainda cheira a fresco, mas que partiu, levou com ele, dois dos homens mais importantes da minha vida. Um que esteve sempre e que permanecerá para além de tudo o que se esfumar no percurso. O mesmo que me passou o que tenho e com o qual me debatia numa exigência de comportamento que provavelmente nem eu teria. O homem que me ensinou a escrever, mesmo sem nunca se ter sentado do meu lado para me segurar as mãos determinadas, mas que me deixou a capacidade de querer mais, de ser bem maior e de lhe provar que era, realmente, quem ele imaginava. Com o mesmo ano, entrou o outro homem que me imprimiu emoções que nem suspeitava ter. Através dele passei a viajar, em mim e da minha maneira determinada, com mais certezas, escudada pelo enorme prazer que parecia sentir em me ter. Também o perdi, mesmo que agora, de olhar mais sereno e distante, entenda que nunca o tive. Fui bafejada por palavras fortes e desejos por satisfazer, mas sempre adiados. Fomos dois grandes sonhadores à espera do que não seríamos capazes de dar. Quisémos  a lua, mas nenhum de nós esteva à altura de a ir buscar. Soubemos a resposta a muitas perguntas por fazer, mas não gostámos das respostas que acabaram por chegar.

A um dia do dia em que pareço ter recomeçado a sentir-me mulher, carrego a certeza, cada vez maior, de que mereço tudo e que não posso, em momento algum, contentar-me com o pouco que me quiseram oferecer. Não estou mais pobre, muito pelo contrário, estou mais forte, mais tranquila e serena e estou capaz de aceitar, de agora em diante, quem vier e me chamar de mulher da sua vida. O pobre terá que se esfolar bem mais, porque depois do que, aparentemente, tive e me foi tirado tornei-me capaz de entender até as línguas que nunca ouvi falar. Nesta fase "adulta" da minha vida, mais ninguém conseguirá esconder o que é, o que carrega e o que nunca conseguirá cumprir. A um dia do dia em que aprendi a amar incondicionalmente, sei que fiz o que devia, como devia e à única pessoa com poder para me libertar de mim.

Obrigada, de maneira diferente, a dois dos homens da minha vida que escolheram, de forma bem cruel, mas inevitável, deixar-me como sempre estive, sozinha!